quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Guia Prático para Cuidadores de Idosos

Nos últimos anos, em conseqüência de diversos fatores, como a melhoria das condições sanitárias e de acesso a bens e serviços, as pessoas  têm  vivido  mais  tempo.  Os  avanços  na  área  da  saúde  têm possibilitado que cada vez mais pessoas consigam viver por um período mais prolongado, mesmo possuindo algum tipo de incapacidade. 
https://www.mundogeriatrico.com.br/guia_pratico_cuidador.pdf

Diante  da  situação  atual  de  envelhecimento  demográfico, aumento da expectativa de vida e o crescimento da violência, algumas demandas são colocadas para a família, sociedade e poder público, no sentido de proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas que possuem alguma incapacidade. Desta forma, a presença do cuidador nos lares tem sido mais freqüente, havendo a necessidade de orientá-los  para  o  cuidado.  Cabe  ressaltar  que  o  cuidado  no  domicílio proporciona  o  convívio  familiar,  diminui  o  tempo  de  internação hospitalar  e,  dessa  forma,  reduz  as  complicações  decorrentes  de longas internações hospitalares.

Respondendo  a  essa  demanda,  este  Guia  Prático  se  destina a  orientar  cuidadores  na  atenção  à  saúde  das  pessoas  de  qualquer idade, acamadas ou com limitações físicas que necessitam de cuidados especiais. Tem o objetivo de esclarecer, de modo simples e ilustrativo, os pontos mais comuns do cuidado no domicilio; ajudar o cuidador e a pessoa cuidada; estimular o envolvimento da família, da equipe de saúde e da comunidade nos cuidados, e promover melhor qualidade de vida do cuidador e da pessoa cuidada, ressaltando que apesar de todas as orientações aqui contidas, é indispensável a orientação do profissional de saúde.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

5 Suplementos Essenciais Para a Melhor Idade

O cultivo de hábitos mais saudáveis junto com os avanços da medicina colabora para que as pessoas vivam mais atualmente. Por isso, não são raros os casos de pessoas idosas que continuam realizando atividades físicas, mantendo o corpo e a mente ativos mesmo com o avanço da idade.

Contudo, ao chegar na terceira idade, o corpo humano passa por alterações físicas e biológicas. O metabolismo passa a trabalhar de forma mais vagarosa do que quando se era jovem e as consequências para a saúde podem ser muitas. O acúmulo de gordura corporal e a redução do tecido muscular são os principais exemplos disso.

Realizar uma suplementação com a intenção de substituir as perdas ocasionadas pela idade passa a ser extremamente necessário. Hoje, existem diversos produtos que colaboram com a nutrição de idosos. Suplementos especialmente desenvolvidos para pessoas que estão na melhor idade e que desejam manter o corpo em atividade ou evitar possíveis doenças.

O que não pode faltar na suplementação da terceira idade?
Para substituir as eventuais perdas de nutrientes e dentre outras substâncias, os idosos precisam consumir determinados suplementos. E eles podem ser incorporados na alimentação de forma muito simples:

●    Creatina: o corpo perde força muscular com o avanço da idade, pois ele não consegue produzir a creatina em quantidade suficiente para conseguir sustentar o esqueleto. Por isso, esse suplemento é bastante recomendado para idosos, pois ajuda a preencher a falta desse aminoácido. Ele é indicado para todos: aqueles que praticam atividades física e os que não fazem nenhum tipo de exercício.
●    Cálcio: a idade avançada traz o desgaste ósseo e, como consequência, a osteoporose. Consumir suplementos que possuem cálcio é uma das formas de prevenir esse tipo de doença. Esse mineral também tem uma importante função na saúde do coração e do cérebro.
●    Vitaminas: todos os tipos de vitaminas são importantes na terceira idade. Mas as Vitaminas D e do Complexo B merecem uma atenção especial. A primeira ajuda o corpo a absorver minerais, como o cálcio, enquanto a segunda auxilia o metabolismo a processar carboidratos e proteínas; reforçando o sistema imunológico e contribuindo com a saúde do cérebro.
●    Proteínas: com o metabolismo enfraquecido pela idade, o corpo produz uma quantidade menor de proteínas. Por isso, os idosos necessitam de uma suplementação rica nessa substância para poder manter os níveis satisfatórios no organismo.
●    Zinco: na melhor idade, esse mineral atua de diversas formas no corpo. É um excelente reforço para a imunidade e colabora com a absorção das proteínas que são ingeridas. Possui, também, efeito antioxidante, retardando o envelhecimento das células.

Realizar uma boa alimentação e não deixar o corpo parado

É importante salientar que os suplementos são apenas um complemento. Os idosos precisam ter uma alimentação saudável com uma dieta equilibrada para ter uma saúde melhor nessa fase da vida. É importante que eles consumam carboidratos, frutas, proteínas e vegetais na quantidade certa. Tudo isso ajuda a fazer o metabolismo trabalhar e mantém a pessoa com energia.

A segunda recomendação é a realização de atividades físicas. Manter o corpo ativo é importante para evitar determinados tipos de doenças que possam surgir com a idade.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Aulas de ginástica gratuitas para a terceira idade estão com inscrições abertas

Projeto tem o objetivo de incentivar vida mais saudável e ativa aos idosos. Inscrições podem ser feitas no Centro de Integração Social de Birigui (SP). 

As inscrições para as aulas de ginástica gratuitas em Birigui (SP), destinadas a pessoas com idade acima de 55 anos, já estão abertas. As aulas terão início no dia 14 de fevereiro e serão realizadas às terças e quintas-feiras, das 7h30 às 8h30, na quadra poliesportiva do Centro de Integração Social, na rua Santa Tereza, 365, Vila Troncoso, em Birigui. O projeto tem o objetivo de incentivar a terceira idade a praticar atividades físicas e assim ter uma vida mais saudável e ativa. As aulas terão duração de um ano e não há limite de vagas para participar.

Os interessados devem fazer a inscrição no próprio Centro de Integração Social, da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de Birigui. Para participar é preciso apresentar somente cópias do RG, comprovante de residência e da carteirinha do Grupo da Terceira Idade, além de atestado médico.

Aqueles não possuem a carteirinha da terceira idade, mas desejam participar das aulas podem fazer o documento. Basta apresentar uma foto 3x4, RG, CPF e comprovante de residência, além de pagar uma taxa de apenas R$ 5. Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone (18) 3643-1231 ou 3643-1232.

Os interessados devem fazer a inscrição no próprio Centro de Integração Social, da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de Birigui. Para participar é preciso apresentar somente cópias do RG, comprovante de residência e da carteirinha do Grupo da Terceira Idade, além de atestado médico.

Fonte: Globo.com


 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

São Paulo cria Movimento e Manifesto pela ratificação da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos!

A legislação brasileira de proteção aos direitos dos idosos é reconhecida como uma das mais completas do mundo. No entanto, sabemos que no dia a dia nem sempre ela é devidamente respeitada. Pior, sempre em momentos em que o país passa por uma crise de gestão dos gastos públicos, as várias conquistas das pessoas com mais de 60 anos sempre ficam sob ameaça de serem retiradas.

 

Um dos instrumentos que podem garantir de forma definitiva os direitos adquiridos pelos cidadãos mais velhos e ainda avançar na conquista de novos é a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos. 

 

Ela já existe, foi criada na reunião da OEA-Organização dos Estados Americanos, em junho de 2015, nos Estados Unidos. Dos 35 países que fazem parte da OEA até agora somente 6 assinaram: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Bolívia e Uruguai.

 

Para que a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos passe a valer como um tratado internacional que vincula os Estados membros da OEA e entre em vigor, pelo menos dois dos países signatários devem ratificá-la. Por isso várias campanhas estão sendo feitas em todo o continente americano.

 

O Brasil foi o primeiro país a assinar o documento, mas ainda não fez a ratificação e para que isso aconteça uma rede de entidades está se formando para divulgar a importância desse ato político, que vai fazê-la valer, de verdade, entre nós.

 

A nossa Política Nacional Idoso foi assinada em 1994 e nosso Estatuto do Idoso é de 2003. Em muitos casos os artigos dessas legislações já estão precisando de atualizações, enquanto alguns nunca foram adotados, na maioria dos milhares de municípios brasileiros.

 

A Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos além de oficialmente assegurar condições de igualdade, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais da pessoa idosa também possibilita que as pessoas apresentem denúncias à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre violações aos direitos não reconhecidos pelo seu país.

 

Ela também possibilitará a atualização de muitas questões que até alguns anos atrás não estavam previstas, tais como os direitos dos idosos refugiados, idosos que perdem suas casas em enchentes e desastres naturais, idosos vítimas de violência de guerra, idosos com doenças terminais. 

 

Rede brasileira em defesa da Ratificação 

A defesa dessa ratificação está sendo trabalhada por várias entidades e grupos em nosso pais. Em novembro ela ganhou uma campanha virtual, pelo site da AMPID- Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (leia abaixo entrevista com a sua presidente).

 

Em São Paulo já foram realizados dois encontros para esclarecer sobre a importância dos grupos e entidades que trabalham pelos idosos se empenharem na campanha da ratificação, por iniciativa da Associação Ger-Ações de pesquisas e ações em Gerontologia e do Núcleo Especializado dos Direitos Humanos do Idoso e da Pessoa com Deficiência da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. 

 

São Paulo lançou Manifesto pela Ratificação 

 

Na última segunda-feira, dia 12 de dezembro, aconteceu o segundo evento.  Nesse encontro duas profissionais estudiosas do assunto apresentaram detalhadamente a importância da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos e porquê temos que trabalhar pela ratificação.

 

A Profª Bibiana Graeff, Doutora em Direito, docente dos programas de pós-graduação em Gerontologia e de pós-graduação em Direito da USP- Universidade de São Paulo, falou na sua palestra sobre “ Direitos da Pessoas Idosas e a Convenção”, das atualizações de legislação que esse novo instrumento legal traz.

 

A catedrática mostrou a evolução dos tratados internacionais desde a Carta de San Salvador, escrita em 1988 (mas que só entrou em vigor em 1999) e os vários direitos humanos que os idosos passaram a ter necessidade de respaldo, sem que exista legalmente lei para eles.

 

Bibiana Graeff apontou que nos 41 artigos da Convenção, aparecem garantias como por exemplo o Art. 15, que garante à liberdade de circulação dos idosos e exige que os Estados membros facilitem a questão das aposentadorias. Quando idosos são obrigados a sair de seus países, por guerras, catástrofes ou outras situações limites, suas aposentadorias são perdidas. Com a Convenção, seus direitos previdenciários serão mantidos.

 

Ela apresentou números de catástrofes recentes em que os idosos foram as maiores vítimas, o que resulta em consequências para a famílias e dependentes. O terremoto na cidade de Kobe, no Japão, em janeiro de 1995 teve 6434 mortes, sendo 50% de idosos. No tsunami da Indonésia, em 2004 morreram cerca de 230 mil pessoas, mais da metade eram idosos. A passagem do furacão Katrina pelos Estados Unidos em 2005 matou 1800 pessoas, sendo 71% deles de idosos.

 

O direito a preferência de uso de água também foi lembrado como direito humano que pode ser garantido por lei aos idosos.

 

A Dra. Renata Flores Tibyriçá, Coordenadora do Núcleo Especializado dos Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo explicou como trabalhou na defesa da Morada São João, um centro de acolhida para idosos da Prefeitura de São Paulo, que ficou sem água, em 2015, no período de racionamento. Na época ela garantiu o fornecimento. Situações de falta de água podem ser evocadas pela Convenção, inclusive com direito a solicitação de tarifas diferenciadas conforme a idade e a situação social dos idosos.

 

A Defensora Pública Federal, Isabel Penido de Campos Machado, que atua no 9º ofício criminal da Defensoria Pública da União em São Paulo- e foi selecionada recentemente para uma das vagas para Defensoria Interamericana, com atribuição para representar as vítimas de violações de direitos humanos no âmbito da Corte Interamericana de Direitos Humanos- fez a palestra sobre a “Os deveres do Estado, os Mecanismos de Acompanhamento e os Meios de Proteção”.

 

Isabel é Mestre em Direitos Humanos pela Universidade de Nottingham, na Inglaterra e Professora Licenciada do Curso de Direito da Faculdade Estácio (FESBH).  Ela detalhou como a Convenção foi dividida nos 41 artigos e destacou a importância dos mecanismos de acompanhamento internacional. Deu exemplos de mecanismos oriundos de outros tratados no âmbito da OEA. 

 

Lançamento do Manifesto pela Ratificação 

 

No encontro ocorrido no auditório da Defensoria Pública do Estado de São Paulo foi lançado um Movimento e divulgado um Manifesto para ser assinado por todas as pessoas interessadas em ver a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos ratificada e valendo no Brasil. Em fevereiro um novo debate está previsto em São Paulo. 

 

Fonte: Jornal da 3ª Idade - www.jornal3idade.com.br