quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Feliz Natal: Presenteie Quem Você Ama!


Nova geração de idosos mostra que estar na 3° idade não significa ser velho

As mãos de Antônio Soares marcam o tempo. Sentado em uma cadeira de plástico na varanda de casa, ele usa a mesa como apoio para o batuque. Se não tiver a mesa, a baú da máquina de costura é a opção. Como bom sambista, sabe ser impossível controlar o tempo, que teima em seguir seu próprio rumo. Mas Soares sabe também que, na maciota, ele pode ser um aliado. Assim dá para ditar o ritmo, arranjar um compasso e seguir uma cadência, como o sambista tem feito ao longo dos seus 80 anos. Para cada pergunta, uma marchinha preparada na ponta da língua.

 O casal Antônio e Marilene Soares mantem a rotina cheia de atividades. "Vou a festas, faço academia. Não paro", conta ela.
O casal Antônio e Marilene Soares mantem a rotina cheia de atividades. "Vou a festas, faço academia. Não paro", conta ela.

Expostas na mesa da sala, estão as lembranças de outros carnavais. Panfletos, fotos, prêmios, pasta com letras de músicas, recortes de jornais. No meio de tantos objetos cheios de história, um pequeno gravador analógico de fita se destaca. O que parece mais uma recordação traz o futuro. É nele que Soares grava as composições e depois passa para o papel. A inspiração? Está na rotina, na mulher, nos amigos, no noticiário. “Um dia, meu amigo me chamou para tomar uma cervejinha. Aí eu disse que não poderia, porque tinha de cuidar do neto. Aí meu amigo disse: ‘Pô, virou babá?’. Fiquei com essa frase na cabeça e veio o samba”, conta. Em seguida, Soares emenda a música: “Depois de velho, eu virei babá, tomando conta de criança para não chorar. Meu Deus, que sina é essa? Que eu tenho de falar, depois de tanta idade, o vovô ficou gagá”, canta. 


Carioca, Soares veio para Brasília transferido pela Aeronáutica. Passou a maior parte da carreira cedido ao Palácio do Planalto. Amante de samba e morador do Cruzeiro, integra a Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), mas foi no Pacotão que as suas marchinhas ganharam mais destaque. Inclusive, tem candidata pronta para 2018, guardada a sete chaves para ninguém copiar. Entre as letras mais recentes, estão a que fala da lei seca e a do acidente de avião que vitimou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.  

Sobre os 80 anos de vida, o resumo também vem na forma de marchinha. “Eu não sou velho, não sou. Nem acabado eu sou. Eu topo tudo que vier. Enquanto o coração bater, o meu papo é mulher. Velho, para mim, não existe. A idade é você que faz. Hoje, eu me sinto mais jovem do que o tempo em que eu era rapaz”.

 

Festas e academia

 

Como canta Soares, a nova geração de idosos do século 21 está mostrando que estar na chamada terceira idade não significa ser velho. A vitalidade, os planos, a descoberta de hobbies depois dos 60 anos fazem com que a sensação de velhice esteja cada vez mais distante. Os idosos são 15% da população. Daqui a 20 anos, a previsão é a de que esse número dobre. E, segundo a Organização Mundial de Saúde, por volta de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta.

O corpo menos ágil não é mais desculpa para ficar parado. Se a saúde parecia frágil e deixava o idoso mais caseiro, agora ele busca qualidade de vida com exercícios, alimentação e mais acesso à medicina. Esse perfil da terceira idade não para de crescer. Marilene Soares Nascimento, 68 anos, é casada com Soares. Ela comenta que a mãe morreu aos 56 anos. “Minha mãe era mais idosa do que eu agora. Muito mais comedida, caseira. Hoje, eu vou a festas, faço academia. Não paro”, comenta. 

A mineira Vanilda Alves da Silva Dias, 70 anos, compartilha da mesma sensação de Marilene. “Minha vó, eu conheci doente. A minha mãe era muito caseira e dengosa. Eu, depois dos 60 anos, descobri um novo hobby: viajar. Eu tenho perspectivas, planos. Isso proporciona a minha longevidade”.
Marlene Pinto Cerqueira tem 83 anos, mas redescobriu a vida aos 60: viagens frequentes e ida a barzinhos com amigos

Marlene Pinto Cerqueira está com 83 anos e é só planos. Para ela, a terceira idade tem um significado especial. “Eu percebi que passei pela vida e não estava vivendo”, comenta. Foi depois dos 60 anos que ela conheceu vários países da Europa, viajou pelo Brasil e descobriu a paixão pela Costa do Sauípe (PE). “Antigamente, as velhinhas só faziam crochê e iam pra missa. Eu até gosto de fazer os dois, mas no seu tempo e não só isso”, complementa. 

Aos 60 anos, Marlene se redescobriu e não entende o espanto das pessoas com a proatividade que a nova terceira idade tem. Gosta de contar sobre a ida aos barzinhos com os amigos. Após perder um filho, o marido, mãe, pai e irmãos, se conhecer melhor foi o fôlego necessário para seguir em frente e perceber que ainda havia muito o que viver. “Tudo o que eu fiz de bom foi depois de mais velha”. Ela descobriu o gosto por cantar, a liderança para organizar eventos, como festas e bingos — e uma capacidade empresarial incrível. O seu maior desafio é tocar uma associação de idosos no Cruzeiro. Marlene está no cargo há 19 anos e nenhum colega se habilita a tirá-la do posto.

Por causa da associação, Marlene teve que se reinventar. Antes restrita ao ambiente doméstico e sem trabalhar fora de casa enquanto mais jovem, ela aprendeu noções empresariais — como contabilidade, pessoa jurídica e organização de eventos. “Cuidar daqui me estimula.” Graças ao trabalho, aprendeu a mexer no computador, e o WhatsApp virou uma ferramenta fundamental.

Marlene não para: enquanto organiza o salão para receber palestras, fica de olho se o lanche está bem servido e dá atenção para cada colega que chega. Na última quarta-feira, recebeu agentes do Detran que faziam uma palestra sobre como os idosos devem se portar no trânsito como pedestres e motoristas. A preocupação com o bem-estar social vai além da comunidade que ela cuida. “Agora mais do que nunca eu voto todos os anos, embora não seja obrigatória. Mas veja bem: eu estou mais experiente e me sinto com mais capacidade para votar".

Fonte: Correio Braziliense

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Livro de Receitas do Hospital A.C. Camargo

Um importante caminho para a prevenção do câncer e outras doenças é ter hábitos de vida saudáveis. Por meio da união dos preceitos nutricionais e das técnicas gastronômicas, o Serviço de Nutrição e Dietética do A.C.Camargo Cancer Center busca conscientizar, de forma criativa, sobre a importância da alimentação para a saúde das pessoas.

A Oficina de Culinária tem por objetivo resgatar o prazer da alimentação e proporcionar a cada participante uma experiência diferente ao tocar, sentir o aroma e degustar receitas elaboradas.
 
As receitas dispostas nesse livro dão dicas de como aproveitar o máximo de cada alimento, abordando temas voltados não somente à prevenção do câncer, mas também ao controle de diabetes, hipertensão, intolerância ao glúten e à lactose, entre outros.

O A.C.Camargo acredita que o indivíduo recebe um estímulo na hora da refeição e, por isso, procura oferecer um momento de alegria e prazer.

Bom apetite!

 
Clique na imagem abaixo para fazer o download deste livro: 

Iniciar Download

Fonte: A.C.Camargo Cancer Center

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Internet com Responsa +60”: esse guia foi feito pra você!

O guia traz recomendações sobre como usar a internet com responsabilidade e segurança e pode ser baixado no seu computador gratuitamente.

O vídeo abaixo, apresentado por Kelli Angelini, do NIC.br, mostra as principais recomendações do guia “Internet com Responsa +60”.


"Será que eu posso revelar as minhas senhas de internet para meus amigos? Se eu ofender alguém no Facebook ou no WhatsApp sofrerei alguma consequência? E se alguém me ofendeu ou se passou por mim nas redes sociais, a quem posso recorrer?”


CLIQUE AQUI e Baixe (Faça o Download) agora do Guia Internet com responsa +60

Estas são perguntas que muitos jovens – e, hoje em dia, milhares de pessoas com mais de 60 anos – se fazem todos os dias. Isso porque a “moçada” com mais de 60 já soma mais de 25 milhões pessoas, e 66% desse grupo usa a internet. Pesquisa do instituto Nielsen IBOPE aponta que o tempo de uso da internet entre os idosos brasileiros é 74,4% maior que entre os jovens.

Internet com responsa +60

Preocupados com essa nova realidade, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em parceria com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br (NIC.br) e SaferNet Brasil, lançaram no último dia 18 de setembro um guia que aborda os cuidados e responsabilidades no uso da internet que as pessoas com mais idade devem ter em evento que contou com a participação do Portal Terceira Idade.

O guia “Internet com Responsa +60”, que responde a todas as perguntas acima e traz dezenas de recomendações sobre como usar a internet com segurança, pode ser baixado no seu computador gratuitamente clicando na figura abaixo. Se desejar, você pode imprimir o guia em sua impressora para consultas futuras.

O vídeo acima, apresentado por Kelli Angelini, do NIC.br, mostra as principais recomendações do guia “Internet com Responsa +60”.

Internet: use com moderação!



Fonte: Portal da Terceira Idade

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Crescimento da população de idosos abre debate sobre moradias do futuro

SÃO PAULO - A humanidade vem superando obstáculos e evoluiu para uma vida mais saudável e longeva. Esse aumento da expectativa de vida está forçando a quebra de paradigmas. O primeiro deles, pilar para a construção dessa sociedade mais inclusiva, é o de moradia. Os idosos do mundo todo querem independência da família para tomar a decisão de morarem sozinhos ou em grupos.  

Independência. Antonio e Anna, 91 anos, gostam de manter a autonomia no
condomínio onde moram Foto: Daniel Teixeira/Estadão
As implicações sociais, estruturais e econômicas de uma sociedade mais sênior pautaram a primeira edição do Fórum de Moradia para Longevidade, evento organizado pelo Estado em parceria com o Sindicato da Habitação (Secovi) e a Aging Free Fair, feira sobre o mercado para a terceira idade.  

Todos os gargalos e possíveis soluções para a criação de modelos de moradias que atendam as necessidades do idoso foram largamente discutidos por especialistas e profissionais, da esfera público e privada, num encontro que reuniu centenas de pessoas em São Paulo. 

"O País precisa de uma política nacional de habitação para idosos. Não podemos ignorar que a população acima dos 60 anos está crescendo."
~
Ricardo Coutinho, governador da Paraíba
O Brasil não escapa desse cenário. A população madura do País representava 22,3 milhões de pessoas quando a última pesquisa IBGE sobre o tema foi publicada, em 2011. As projeções e estatísticas endossam a necessidade ampliar as discussões , os debates e as ações relativas a inclusão dos futuros idosos em um planeta cada vez mais populoso, sem tempo e tecnológico. 
"Tem namoro, tem fofoca, tem senhoras competindo para saber quem está mais elegante, mas isso é vida, é melhor do que ficar em casa com a cuidadora."
~ Ricardo Soares, da Brazil Senior Living
Nos anos 70, as 10 maiores cidades do mundo somavam 114 milhões de pessoas. Em 2025, abrigarão 234 milhões. Até lá, segundo um estudo da consultoria McKinsey, mais de 130 centros urbanos vão se tornar megacidades (aquelas com mais de 10 milhões de habitantes). O envelhecimento da população e a expansão das megalópoles está multiplicando os problemas da sociedade. Por outro lado, esse contingente sênior, concentrado em grande maioria em centros urbanos, tem muito a contribuir.

Os habitantes também parecem ser uma fonte de ideias inovadoras para melhorar a qualidade de vida. A paisagem urbana, assim como a forma que a sociedade lida com a velhice, tende a mudar. Alternativas sustentáveise inclusivas, já são realidade, inclusive no Brasil.
"Quem não tiver estratégia para o seu envelhecimento vai fazer parte da estratégia de alguém."
~ Sérgio Mühlen, professor da Universidade de Campinas e membro da Associação da Vila Conviver

Fonte: Estadão

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Longevidade Exige Planejamento Antes e Depois da Aposentadoria

Segundo o presidente da BrasilPrev, saída é ter mais disciplina, guardar mais dinheiro e começar o mais cedo possível.

A maior longevidade dos brasileiros vai exigir maior economia para arcar com gastos maiores, ao mesmo tempo em que os juros mais baixos vão reduzir os ganhos das aplicações, tornando mais difícil acumular os recursos necessários para a velhice.

O alerta é do presidente da BrasilPrev, Paulo Valle, durante o Congresso da Planejar, Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. A saída será ter mais disciplina, guardar mais dinheiro e começar o mais cedo possível, alerta.



Segundo Valle, que também participa da Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi), é preciso fazer um bom planejamento dos gastos ao longo da vida, levando em conta também que os hábitos de consumo mudam com o passar dos anos.

“Antigamente se consumia café em grão, depois moído, e hoje compramos cápsulas de café que custam R$ 2,00, para tomar em casa”, cita. Isso tudo tem de entrar no planejamento futuro e nas economias.

Além disso, há o aumento dos gastos com saúde com o avanço da idade. “Cerca de 80% dos gastos com saúde ocorrer nos dois últimos anos de vida”, afirma Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros. “Por isso é preciso ter algum seguro-catástrofe saúde na velhice”.

O setor de previdência privada tem algumas sugestões para compensar esse aumento da longevidade. A principal é estimular as pessoas a guardar dinheiro mais cedo, com mais disciplina, o que passa por investimento maciço em educação financeira e na melhora dos produtos de previdência privada. “Nosso setor de previdência privada ainda é muito jovem, ainda pequeno, mas já tem de se modernizar, ganhar escala”, diz Vale.

“O desafio é que, assim como as pessoas fazem um check-up anual para verificar a saúde, façam também um check-up anual financeiro, que funcione como um gatilho para reorganizar as despesas e as economias para o futuro”, acrescenta Snel.

Um dos “empurrõezinhos” para essa preocupação com a aposentadoria, além da educação financeira, é a própria discussão da reforma da Previdência Social pública, acrescenta Snel.

“A reforma da Previdência é um fator que despertou muito a atenção para a questão da necessidade de a pessoa guardar dinheiro para a aposentadoria”, afirma o empresário.

 

Melhorias nas regras dos planos de previdência

Entre as melhoras estariam mudanças na legislação dos planos corporativos, que hoje não permitem a pequenas empresas abaterem as contribuições feitas para os funcionários em planos de previdência do imposto a pagar.

“Quem paga o Simples ou por lucro presumido não tem vantagem em contribuir para o funcionário, e deixamos um enorme número de trabalhadores sem essa poupança”, diz Valle. A estimativa é que 41% dos trabalhadores sejam funcionários dessas pequenas e micro empresas.

Outra medida seria dar incentivos maiores para planos individuais, cujos incentivos, como abatimento do imposto e alíquotas menores poderiam ser ampliados. Há propostas até de zerar o imposto nas aplicações superiores a 20 anos. “Além disso, é preciso criar incentivos para os autônomos, que não têm o benefício de abater as contribuições do imposto de renda como os assalariados”, diz.

Valle diz que o setor deve incentivar cada vez mais estratégias comportamentais para estimular a adesão a planos de previdência. É o caso da adesão automática.

“Em vez de o funcionário fazer a opção de aderir ao plano, a empresa já o inscreve e, se ele não quiser, tem de se manifestar para sair”, diz. Essa estratégia vence uma barreira psicológica da inércia das pessoas de começarem a poupar com compromisso de longo prazo. “Na Inglaterra, essa medida simples fez a adesão aos planos de previdência crescer de 2012 a 2016 de 47% para 64% e, na Nova Zelândia, de 17% para 71%”, diz.

Além da adesão automática, Valle sugere a varredura automática, que prevê que se o empregado sair do plano de previdência, após três anos, ele é novamente inscrito automaticamente.

“Há ainda outras ferramentas que podem incentivar a pessoa a guardar mais, como a escalação automática, que vai aumentando a contribuição do plano à medida que a idade e a renda avançam”, diz.

 

Custo ainda elevado da previdência privada

O custo dos planos de previdência no Brasil ainda é alto, afirma Celso Rosa, CFP, planejador financeiro da AXA Advisors nos Estados Unidos, especialista em aposentadoria e patrimônio imobiliário.

“O Brasil precisa melhorar muito o custo de carregamento, que é bem mais alto que o americano e obriga o investidor a guardar mais”, explica. Segundo ele, parte desse custo vem do tamanho do mercado, ainda pequeno, e da carga tributária, que é mais alta no Brasil.

“É difícil termos produtos semelhantes aos americanos aqui, mas essa é uma realidade que temos também em outros países, como na Europa”, diz. Ele alerta que, com a longevidade, outros problemas precisam ser levados em conta, como a perda de capacidade cognitiva das pessoas. “Há casos de parentes e até profissionais que se aproveitam da senilidade dos idosos para tirar proveito financeiro delas”, diz.

 

Previ-Saúde volta a ser discutido com o governo

Está em discussão com o governo também o projeto de criar um plano de previdência vinculado à despesas médicas. “Retomamos o assunto com o Executivo de criar um Previ-Saúde, que permitira abater as contribuições e depois o resgate do dinheiro para pagamento de despesas médicas seria isento de imposto sobre o rendimento”, afirma Paulo Valle.

Poderiam ser criados PGBLs e VGBLs com essas características que, segundo Valle, que já foi secretário do Tesouro Nacional, teriam pouco impacto fiscal.

“Hoje os gastos de saúde já são dedutíveis, não haveria grande perda e isso permitiria a criação de uma poupança de longo prazo vinculada que será muito significativa no futuro, com oaumento dos gastos médicos”, explica.

 

Risco de sobrevivência

Um dos desafios do planejamento financeiro é o chamado risco de sobrevivência, ou seja, o risco de o dinheiro guardado para a aposentadoria acabar antes de a pessoa morrer. Esse risco existe em qualquer lugar do mundo, e não há uma fórmula exata para evita-lo. A crise do subprime de 2008, que devastou as bolsas americanas e reduziu a pó as economias de muitos americanos, é um exemplo desse risco.

“É impossível prever o que vai acontecer daqui 30 anos, mas podemos dizer que a disciplina de guardar é mais importante que qualquer conselho de estratégia que se possa dar”, afirma Valter Police Junior, planejador CFP. “Isso reforça nosso papel de educador dos consutores”, diz.

A disciplina é o principal ponto levantado pelos americanos que conseguiram passar pela crise de 2008, diz Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros.

“Questionados sobre o segredo de conseguir manter as economias, eles não falaram de estratégias de investimento ou mercados, mas de disciplina para guardar”, diz. Outro ponto é a visão desses aposentados americanos sobre sua própria situação. “Eles veem essas quedas dos valores das ações não como perdas, mas uma transferência de renda da geração atual para a próxima, que poderá comprar os papéis mais barato”, afirma.

 

Investimentos pós-aposentadoria

Snel chama a atenção também para o fato de que, com a longevidade, as pessoas precisam ter estratégias para investir o dinheiro depois da aposentadoria.

“Se uma pessoa se aposenta com 65 anos e vai viver até 90 anos, ela precisará aplicar esse dinheiro por 20, 25 anos, então temos um horizonte de longo prazo que permite uma boa diversificação”, diz. Pode-se por exemplo pensar em aplicações mais agressivas, de maior risco, como ações, para parte do dinheiro, com um horizonte de 20 anos.

 

Renda vitalícia, parte fundamental

Outro ponto importante é a renda vitalícia, que tem de fazer parte de qualquer plano de aposentadoria, afirma Valle. “Hoje pouca gente opta por transformar o plano de previdência em renda porque tem medo de morrer amanhã e deixar o dinheiro para o banco”, diz. “Ela tem um papel importante, não para todo o dinheiro, mas é uma parte fundamental do planejamento”, explica.

Uma alternativa é que uma parte dos recursos seja transformada em renda vitalícia e a outra parte seja resgatada aos poucos pelo investidor. “O ideal é ter um leque de opções, um pouco de renda vitalícia, um pouco de resgates”, diz, lembrando que as mudanças aprovadas recentemente pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) permitem usar mais de uma forma de conversão dos planos de previdência privada no vencimento, começando com resgate e depois permitindo converter o valor em renda vitalícia. Nos Estados Unidos, há hoje US$ 2 trilhões investidos em renda vitalícia, afirma Carlos Rosa, da AXA.

 

Renda vitalícia com desconto

Já Snel diz que uma boa estratégia seria comprar a renda vitalícia logo na aposentadoria, aos 65 anos, para ser usada mais adiante. “Se a pessoa pensa que pode viver até os 90, compra a renda vitalícia aos 65 mas válida só a partir dos 80”, explica.

“Como nessas condições há uma chance de 50% de a pessoa não chegar aos 90, a seguradora cobrará um valor menor, até 15% mais barato que se a pessoa comprasse a renda vitalícia aos 80, e com isso o investidor paga mais barato”, diz. Outro conselho de Snel é que a pessoa faça um seguro de vida como planejamento fiscal e para garantir a tranquilidade da família.

“O seguro de vida não entra no inventário, é liberado imediatamente e pode ser usado pela família para se manter ou para pagar as custas dos processos, que podem levar anos até a liberação do espólio”, diz.

 

Consultoria tem de melhorar

Diante de todas essas alternativas, porém, é preciso que o setor de previdência privada tenha uma boa evolução também na parte de consultoria ao investidor, diz Paulo Valle.

“Temos maneiras diferentes de montar essas estratégias, com mais renda vitalícia ou mais renda diferida, por isso é preciso ter uma boa consultoria que ajude o investidor não apenas a escolher um plano de previdência, mas a organizar sua vida, e isso inclui bastante educação financeira”, diz. “Hoje isso ainda precisa melhorar muito nessa parte de consultoria”, admite.

Ele lembra que a educação financeira é fundamental pois, diferentemente de outros setores, a previdência privada precisa fazer o cliente atingir seus objetivos. “Criamos um relacionamento que pode durar 40, 50 anos e temos esse compromisso com investidor de ele atingir os objetivos”, diz.

Este conteúdo foi originalmente publicado na Arena do Pavini.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

População do Japão atinge cifra recorde de 67 mil centenários!

O volume de centenários aumentou de forma contínua desde 1971 e o ministério prevê que a tendência continue.

Tóquio – O número de idosos centenários no Japão aumentou até a cifra recorde de 67.782, 2.132 a mais que no ano anterior, revelou um relatório publicado nesta sexta-feira pelo Ministério de Saúde, Trabalho e Conforto do país.

Do total de pessoas com 100 ou mais anos no país asiático, 88% são mulheres, 59.627, frente aos 8.197 homens, segundo os dados contabilizadas no dia 1º de setembro pelo governo japonês por ocasião da comemoração do Dia do Respeito aos Idosos, feriado nacional que se festeja na terceira segunda-feira de setembro.

O volume de centenários aumentou de forma contínua desde 1971 e o ministério prevê que esta tendência continue, principalmente pelos avanços em matéria de tratamentos médicos e pela conscientização sobre a saúde. 

Nabi Tajima, originária da pequena ilha de Kikai – pertencente às ilhas Amami, no sudoeste do arquipélago – e nascida em agosto de 1900, é com 117 anos a mulher mais idosa de Japão. 

Masazo Nonaka, nascido em julho de 1905 em Ashono (ilha setentrional de Hokkaido), é com 112 anos o japonês mais longevo.

Além disso, outras 32.297 pessoas completarão 100 anos em 2017, 350 a mais que no ano passado. Quando as autoridades japonesas começaram a recopilar estes dados em 1963 o número de centenários chegava a 153, cifra que 35 anos depois, em 1998, superaria pela primeira vez os 10.000. 

Em 2007, 2012 e 2015 o total superou 30.000, 50.000 e 60.000, respectivamente.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Intercâmbio na terceira idade: ‘Foi uma descoberta inacreditável’!

Na terceira idade, Ângela Reis fez intercâmbio no Canadá, em três meses de curso de inglês em Vancouver. Ficou em casa de família. Aos 62 anos, ela melhorou seu nível de idioma e se sentiu revigorada com a convivência com os mais jovens na escola.

A ideia de estar numa sala de aula com vários adolescentes provocava em Ângela Reis dúvidas sobre o intercâmbio na terceira idade no Canadá — “achei que fosse ser um saco” —, mas a surpresa veio na intensidade do quanto foi interessante interagir com os alunos mais jovens: “A relação foi maravilhosa”. Aos 62 anos, a psicoterapeuta corporal, que vive no Rio de Janeiro, fez três meses de curso de inglês em Vancouver neste ano. Sentiu alguns estranhamentos, mas voltou em julho encantada.

“Fui muito importante a experiência: com a idade que eu tenho você ousar fazer isso!” Ângela conta que, com o passar dos anos, batia uma certa preguiça de se aventurar em algo tão novo. “Você fica querendo viajar sempre com gente conhecida”, diz. Ela já tinha ido a países da Europa e da América do Sul, mas nunca havia feito intercâmbio.

Mas uma amiga dela havia se mudado para o Canadá, e Ângela queria aprofundar seu conhecimento de inglês. “Tinha muito anos que eu não estudava. A cada vez que viajava sentia falta de mais fluência. Falar inglês sempre facilita”, afirma a psicoterapeuta corporal, que usava o idioma para acompanhar estudos na sua profissão. “Tinha isso como uma meta: voltar a estudar, retomar a língua”, diz a carioca, que decidiu fazer a viagem para estudar pela Canadá Intercâmbio.

A escolha por Vancouver não foi apenas por causa da amiga, ela explica: “É uma cidade do Canadá com clima mais agradável.” Para evitar o inverno, marcou a viagem para maio. O intercâmbio no Canadá, no entanto, mostrou na prática à Ângela por que Vancouver é chamada de Raincouver — não à toa o apelido incorpora a palavra ‘chuva’ em inglês ao nome da cidade. “Peguei chuva e frio em maio.” No início, como boa carioca, ela pensava em ver o tempo melhorar para dar um passeio. “Minha amiga me disse: ‘Se for esperar parar de chover, você não sai nunca’. A primeira coisa que fiz foi comprar um casaco de chuva.”

Casa de família

Ângela ficou dez dias na casa da amiga. Depois, foi para a casa de família. O home stay, com direito a café da manhã e jantar, foi a parte mais desafiadora da viagem. “As famílias com que adolescentes da turma estavam eram mais receptivas. Onde eu fiquei, não. A gente não se encontrava porque tinha horários diferentes. Via só no café da manhã. Eles não tinham disponibilidade, não tinham tempo”, lembra. “Não existia (a troca), e é uma família que faz isso há 10, 12 anos. Mas a convivência que achei que fosse ter não aconteceu.”

A carioca queria manter a dieta, mas não podia cozinhar. “Isso é muito difícil. Eu moro sozinha e cozinho na minha casa. Eles comiam muita fritura.” Também não gostou de não poder lavar a própria roupa. “Detestei a experiência”, afirma Ângela. Ela diz que até tentou trocar de família, mas que, como era alta temporada, a cidade estava cheia e não havia disponibilidade.

Essas questões norteiam a experiência de ficar hospedado em casa de família — o tipo de acomodação mais usado pelos brasileiros — e devem ser acertadas antes da viagem, recomendam os especialistas. “Eu não pensei nesses aspectos, fui impulsiva. Quero fazer, Vancouver todo mundo diz que é legal. Peguei e fui.”

Para ir e voltar da escola, ela pegava ônibus e metrô. “Eles têm um sistema muito bom. A espera pelo ônibus não era de mais de dez minutos. Depois das 22 horas, passava de 40 em 40. Ok, você se organiza para isso.” A rotina tranquila do transporte público chamou atenção de Ângela. “O motorista para porque está no tempo de alongamento dele, e todo mundo espera numa boa, ninguém reclama.”

Curso de inglês no Canadá

Ângela conta que chegou no intermediário básico e, ao longo do curso, chegou à turma de inglês avançado. A carioca elogia a organização e a atenção com os alunos por parte da escola VanWest, onde estudou. “Eles cuidam de tudo, sabem quem está em que situação. Tem um consultor para cada etnia.” Mas não curtiu tudo no programa, segundo ela, muito rígido.

“A gente tinha aulas de writing (escrita) e reading (leitura) pela manhã. De tarde, você tem eletivas. Pode ser listening (compreensão auditiva), por exemplo”, diz a psicoterapeuta. “Mas a escola é muito focada na preparação para os cursos de graduação, de college. Isso dá certo para a maioria das pessoas, para adolescente serve. Mas não para quem tem uma outra necessidade”, pondera. “Eu não vou fazer prova, não vou imigrar, não ia ficar fazendo dissertação quatro vezes por semana”, afirma.

Marotamente, Ângela arrumou uma solução para praticar a língua: “Matava umas aulas e ia para rua conversar em inglês.” Saía com os amigos que fez entre outros alunos acima dos 50 anos: “Eram dois paulistas e dois casais de Montreal”. Ela conta que usou bem o idioma e ainda conheceu Vancouver.

Também visitou arredores e cidades próximas. A escola, como de costume em programas de intercâmbio, oferecia passeios e excursões para os alunos. Ela acabou não fazendo porque preferia saídas com mais conforto. “Mais velha, a gente não quer mais ser mochileira, dividir quarto com quatro. E lá eles tem muito programa com trilha.”

Preferiu, então, fazer os passeios com os amigos. Esteve em Whistler, Capilano, Grouse Mountain e Victoria (“parece um cenário de tão linda, com os jardins da cidade, e tem bons restaurantes”). Provou os vinhos da província de British Columbia, mas gostou mesmo foi das cervejas locais. “Eu adoro cerveja artesanal, provei várias.”

Interação entre gerações

Com os amigos mais jovens da turma, aprendeu sobre costumes e comidas orientais. “Pedia a eles para me ensinarem como comer os pratos. Eles queriam muito saber como era a minha vida no Brasil”, conta. “Os asiáticos, minha nossa, como me tratavam com carinho, com uma cordialidade.”

Na primeira vez no Canadá, aliás, a psicoterapeuta corporal teve como maior estranhamento uma característica positiva. “As pessoas são muito educadas. Eu estou numa tristeza com o Rio. Foi muito interessante sair daqui nesse momento caótico. Nessa falta de educação que a gente vive no Brasil. Foi bom conviver, ver que tem outro lugar diferente.”

A ótima interação entre gerações e a gentileza nos gestos do dia a dia impressionaram a brasileira. “Senti muito essa mudança de perfil. Foi uma descoberta inacreditável”, afirma. “Essa troca que tive lá, enxergar esse mundo novo, me deu uma animada. Foi muito intenso.”

Fonte: Estadão 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

De olho na terceira idade, Rede contrata ao menos três idosos por mês!

Uma rede de supermercados em Campo Grande tem apostado na terceira idade e costuma contratar de dois a três idosos por mês, de acordo com Márcia Santos, gerente de RH. Atualmente há 45 funcionários com idades acima dos 60 anos trabalhando nas 13 lojas.

Conforme Márcia, o projeto ‘Inclusão da Melhor Idade’ começou a funcionar em 2014 e dos 45 hoje contratados, 34 estão desde o início da iniciativa desenvolvida pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa. “Vimos à necessidade de implantação desse projeto em decorrência da grande procura de pessoas com idades acima de 60 anos por uma colocação no mercado de trabalho”.
Foi então que o RH começou a realizar alguns testes nas lojas, analisando a questão da receptividade dos gerentes e dos líderes em relação aos idosos e vice-versa. “A ideia era observar se esses funcionários se adaptariam ao ritmo de um supermercado”, explica Márcia.

Os idosos contratados pela Rede em Campo Grande trabalham num ritmo normal como o dos outros funcionários: segunda a domingo com uma folga por semana. “Eles trabalham sábados, domingos e feriados e a maioria começa como auxiliar de caixa, empacotando compras, recolhendo cestinhas e carrinhos”, frisa a gerente de RH.

Início – Márcia se lembra do primeiro idoso contratado por meio do projeto, que foi designado para trabalhar como auxiliar de caixa. Essa pessoa, segundo ela, foi aprendendo a função e hoje é operador de caixa. Outro foi promovido para assistente de atendimento de açougue.

Ainda conforme Márcia Silva, o projeto Inclusão da Melhor Idade visa dar emprego a idosos que já são aposentados. “Ele foi pensado por uma questão de eu me deparar com muitas vagas em aberto e não encontrar pessoas comprometidas, qualidade muito bacana nas pessoas da terceira idade. São compromissados com o trabalho, atendem com excelência, possuem flexibilidade, cuidados quando empacotam as mercadorias dos clientes”, elogia a gerente de RH.

Hoje, em pelo menos uma das 13 lojas na capital há um, dois e até mais idosos trabalhando. Em apenas uma unidade, por exemplo, são 11 funcionários da melhor idade.

É o caso do auxiliar de caixa Apolônio Ariovaldo Rodrigues, 71 anos. Ele entrou na empresa por meio do projeto Inclusão da Melhor Idade, quando ainda estava em seu início no ano de 2014. “Ficava muito parado e isso me deixava preocupado. Decidi procurar trabalho na rede e fui contemplado com emprego com carteira assinada. Estou muito feliz trabalhando nesses três anos na rede e a cada dia que passa eu me adapto cada vez mais”.

Promoção – Maria das Dores Gomes dos Santos, 61 anos, entrou na empresa em 2013 – antes do projeto da Melhor Idade entrar em ação – como auxiliar de caixa e hoje é assistente de atendimento do açougue na loja Brilhante. “Considero maravilhosa essa oportunidade que eles me deram de trabalhar com pessoas mais jovens, aprendendo e ensinando. Minha função é oferecer produtos aos clientes, mas também tiro dúvidas e até recomendo umas receitinhas. A gente chega numa certa idade e fica amedrontado por não ter ocupação. Lembro quando ainda recolhia carrinhos de compras no estacionamento e hoje aqui, auxiliando no açougue, só tenho a agradecer. Não é um serviço cansativo, basta ter disposição e paciência”, recomenda.

Já Timotio Pontes Roman, 60 anos, hoje também é assistente de atendimento do açougue de uma das lojas. Assim como Maria, ele tem a missão de tirar o cliente da filha do açougue e aconselhá-lo a comprar as carnes em bandejas. “Comecei recolhendo carrinhos no estacionamento e a gerência da loja me deu essa oportunidade de vender e conversar com os clientes. É um incentivo que me deixa muito gratificado”.

Na opinião de Márcia, o fato da Rede abrir as portas para a contratação de idosos é uma oportunidade para que eles sejam acolhidos e recebam tratamento igualitário igual a qualquer outro funcionário. “Não há diferença de salário, função. Recebem igual aos outros e a eles também é oferecida oportunidade para que troquem experiências com os colegas. Trabalhamos muito bem a integração com essas pessoas para que não haja discriminação. Nossa empresa só tem ganhado com eles”.

Fases – Em média, o RH da empresa em Campo Grande recebe de 30 a 40 currículos mensais. A partir daí, seleção é feita com base em prova de conhecimentos gerais (português e matemática), entrevista no departamento de Recursos Humanos e depois com o gerente da loja em que o respectivo funcionário trabalhará.

“Como a empresa trabalha em cima de competências organizacionais, analisamos no processo seletivo as competências para a qual vamos encaixar os idosos. Fora a função comum também contratou idosos para as funções de consultores Part Time, que visam oferecer determinados produtos em abordagens a clientes. No caso desses, a jornada é de apenas três horas, inclusive aos sábados e domingos”, esclarece Márcia.

Assim como qualquer outra pessoa em início de carreira na Rede, o salário mensal recebido varia de um até um e meio.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A importância dos umidificadores em nossa vida!


Mundo Geriátrico
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Chega essa época do ano e começamos a pensar nos aparelhos guardados do inverno passado e que passam a ser lembrados nesse, em função da baixa umidade do ar, nas grandes cidades, já podemos visualizar facilmente o céu carregado de poluição. Dentre os equipamentos de inverno, um dos mais importantes é o umidificador de ar, principalmente para quem tem crianças e idosos em casa.

Se você não tem esse aparelho ainda, acredite todo investimento feito para a compra de um bom umidificador de ar vale a pena, pois o dinheiro que você pode economizar não comprando o umidificador vai acabar gastando depois com consultas médicas e remédios.

Tenho certeza que você já ouviu falar de uma maneira caseira de fazê-lo nessa época, como colocar uma bacia de água ao lado da cama ou pendurar toalhas molhadas nos quartos. No entanto, a maneira mais eficiente e menos atrapalhada (afinal, como não temos esse hábito, acabamos literalmente enfiando o pé na bacia, no meio da noite) são os umidificadores elétricos.

A principal vantagem do umidificador elétrico em relação aos umidificadores caseiros é que rapidamente eles conseguem produzir uma coluna de vapor d’água que eleva a umidade do ar em até 40% ou mais. Em instantes você percebe o conforto respiratório.
Mundo Geriátrico
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Porque isso acontece? Fácil, esses umidificadores, geralmente, ultra-sônicos quebram a molécula de água por um processo vibratório gerando grande quantidade de valor de água. Na hora de comprar, procure um modelo que possua um controle de umidade, e não aqueles só com botão liga/desliga, que custam mais baratos, mas que te limite possibilidades.

Confira também se o umidificador que você pretende comprar tem capacidade de umidificar sem precisar colocar mais água por no mínimo a mesma quantidade de horas que tem a duração do seu sono.

Lembrando que um umidificador portátil ou de pequeno porte é suficiente para umidificar um único ambiente da sua casa, não conseguindo sozinho fazê-lo em toda casa. Assim, o ideal é ter um para cada quarto da casa.

A baixa umidade pode provocar os seguintes efeitos nos seres humanos:
  • Resseca nossa pele e mucosas – se sua casa tem pouca umidade, você ficará com os lábios rachados, queixo ressecado e com coceira e garganta seca pela manhã, ao acordar (a baixa umidade resseca inclusive plantas e móveis);
  • Aumenta a eletricidade estática – a maioria das pessoas não gosta de tomar choquinhos cada vez que toca algo metálico;
Confira a seguir como funcionam algumas opções para umidificar o ar de sua casa:

Vapor – Conhecido como “vaporizador”, um umidificador a vapor ferve água e joga vapor na sala. Por ser uma tecnologia mais simples, é mais barata. Outra vantagem dessa tecnologia é que você pode utilizá-lo para fazer inalação com medicamentos para reduzir a tosse.

Impulsor – O disco de rotação lança água em um difusor em forma de pente. O difusor transforma a água em pequenas gotas que flutuam no ar. Essas gotinhas parecem neblina saindo do umidificador.

Ultra-sônico – Esse umidificador usa um diafragma de metal que vibra em freqüência ultra-sônica, para criar gotinhas d água. É silencioso e também produz uma neblina fria.  

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Casal de Caxias do Sul completa 70 anos de casado e dá exemplo de vida!

Casal vive na mesma casa, no bairro Rio Branco, desde 1960, quando migrou do interior para a cidade em busca de um futuro melhor para as filhas.
Diogo Sallaberry / Agencia RBS 

Diz a superstição que chover no dia do casamento traz sorte e bênçãos aos noivos. Recordando suas núpcias _ em 27 de julho de 1947, há exatos 70 anos _, dona Idalina Anna Onzi, 95 anos, lembra que choveu torrencialmente naquele dia. Lenda ou não, a união com seu Attilio Onzi, 94, permanece firme até hoje, fortalecida pelo amor e carinho das quatro filhas e dos oito netos. – Ele me ensinou o valor do trabalho. E eu, o ensinei a ter calma, a perdoar, a levar a vida com menos ansiedade – conta dona Idalina, sentada em uma poltrona na cozinha da casa onde mora desde 1960, após se mudarem de uma propriedade rural em Loreto para o bairro Rio Branco. 

O mesmo jeitinho meigo que dona Idalina preserva até hoje fisgou Attilio em 1945, num baile em São Martinho da 2ª Légua, onde a jovem morava. – O tio dela tocava bandonion e eu fui ao baile. Na época, chamavam de baile das damas, porque eram as moças quem convidavam para dançar – conta Attilio. – E tu fez questão de passar bem na minha frente, né? – emenda Idalina, rindo. O pedido de casamento veio dois anos depois e foi como mandava a tradição: a família do pretendente foi visitar a moça e o futuro sogro pediu a mão dela ao pai. Casaram-se às 10h30min de um sábado chuvoso, cerimônia precedida de um café na residência da noiva e concluída com festa – regada a vinho e muita música – na casa do noivo. Filho mais novo, Attilio levou Idalina para morar com ele e os sogros em Loreto. 

Na propriedade, cultivavam uvas, faziam vinho e viviam da agricultura. Além de ajudar o marido na lavoura, Idalina também costurava. O primogênito, Valter, nasceu cerca de um ano depois, mas não resistiu à meningite e morreu ainda bebê. 

 – Era um menino lindo, forte – recorda Attilio com tristeza. 

Após a perda do filho, Idalina deu à luz Geni, 67, Juracema, 66, Zulma, 63, e Zaira, 61. A preocupação com a educação das meninas levou o casal a deixar o interior e buscar estudo na cidade.

– Meu pai sempre foi um homem muito ativo. Ajudou a reivindicar estradas para a região e conseguiu até que o então prefeito Ruben Bento Alves criasse uma escola para as crianças dos agricultores que moravam lá em Loreto, que, no início, funcionou em um galpão na nossa casa – recorda Geni, que, como as três irmãs, seguiu a carreira do magistério. Quando se mudou para o bairro Rio Branco, Attilio passou a trabalhar em uma fábrica de esquadrias, e Idalina, seguiu costurando. 

Da antiga máquina, saíram inúmeros vestidos de noiva – inclusive o da filha Geni –, roupas femininas e calças masculinas. No porão da casa, o nono manteve a tradição de fabricar vinho – coisa que fez só até o ano passado, em razão de problemas de saúde. No almoço e no jantar, porém, ele não dispensa um cálice da bebida. – Agradeço a Deus pela família que conquistamos. Minhas filhas nunca deram trabalho e até hoje vivemos em paz. Não há segredo para ter um casamento longevo. Acho que o principal é ter respeito pelo outro, tolerância e paciência. E comer junto, trabalhar junto, fazer coisas boas junto – define a idosa. 

Filhos unidos

Sonho de todo pai e mãe, manter os filhos por perto foi um privilégio de Attilio e Idalina. Das quatro filhas, três vivem em Caxias: Geni e Juracema, hoje viúvas, moram no mesmo terreno na Avenida Rio Branco; e Zaira, vive com a família no bairro Salgado Filho. Apenas Zulma mudou-se para Curitiba após casar.


A distância, no entanto, é compensada, segundo as irmãs, pelas visitas frequentes e pelas conversas via internet e whatsapp. Compreender a tecnologia, aliás, ainda é um dos objetivos de dona Idalina. O celular, que ela chama de scatoletta (caixinha, em dialeto), é usado para conferir novos pontos de crochê, que ela produz sem dificuldade, e para fazer vídeos e trocar mensagens com os netos e parentes.


A nona só não gosta que o pessoal use o celular quando estão conversando todos juntos. Nessa hora, ela franze a testa e grita: scatoletta!


– Quero que me deem atenção – defende.


Manter a casa sempre alegre, cheia de gente, divertir-se, passear e dançar são coisas que o casal de nonos sempre gostou e preservou.


– Quando eu era pequena, lembro que o pai ligava os rádios no quarto, na sala e na Brasília (ano 1974, que Attilio mantém como relíquia) na mesma estação para todo mundo ouvir música – lembra a filha Zaira.


Para Geni, os pais se mantém lúcidos e ativos apesar da idade e dos problemas de saúde porque nunca se isolaram.


– O que fortalece a pessoa idosa é a companhia – acredita.


Manter a cabeça ocupada também faz diferença. Há 26 anos, o casal não dispensa a leitura do Pioneiro. Primeiro, Attilio se delicia com as notícias do esporte e de seu time, o Internacional. Depois do almoço, é a vez da nona folhear as páginas da editoria de política, a coluna do frei Jaime e as "fotos das noivas" (coluna social). Só não gosta da página policial porque não gosta de notícias que a deixem triste.


– E o que é essa confusão do prefeito com o vice, hein? – comenta Idalina, mostrando estar atenta às notícias do dia a dia.


No último domingo, para manter a tradição, os Onzi reuniram os parentes e festejaram as bodas de vinho (70 anos de casamento) de Attilio e Idalina. Como os nonos adoram, não faltou alegria, música e celebração à vida. E um bom cálice de vinho cabernet, que, como o amor dos nonos, fica melhor a cada ano. Que venham os 75.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Diabetes – O Guia Completo

A diabetes é uma das doenças que atinge mais pessoas em todo o mundo. Quem é portador e não se cuida acaba apresentando vários problemas, incluindo o risco de morte. Todos os anos milhões de pessoas descobrem o problema. Com o avanço da tecnologia está cada vez mais fácil de diagnostica-la, assim como realizar o tratamento. Neste artigo você vai conhecer a doença, os sintomas, como fazer o tratamento e muito mais.

O que é diabetes?

Conhecida cientificamente como Diabetes Mellitus, a diabetes é um tipo de doença que surge devido aos elevados níveis de glicose no sangue. A glicose é reduzida através da insulina, que é produzida automaticamente pelo corpo. Mas algumas pessoas apresentam dificuldades para a produção desse hormônio, que vem diretamente do pâncreas. Desde 1980 o número de pessoas atingidas pela doença no mundo quadriplicou, chegando a mais de 420 milhões de pessoas, isso vem acontecendo devido às mudanças no hábito alimentar. Na teoria a diabetes ainda não possui uma cura total, mas quando a pessoa portadora faz o tratamento da maneira correta e cuida da alimentação, os sintomas se tornam fracos e podem até desaparecer, mesmo sem eles, é fundamental continuar indo ao médico e manter a mesma alimentação.

História da diabetes

Existem relatos de 1.500 a.C. falando sobre a doença, nos registros do antigo Egito. Na Índia também surgiram informações da mesma época sobre a doença. A maioria das informações apontava para um aumento na vontade de urinar. O nome diabetes foi adotado no ano 230 a.C., na Grécia. A diferenciação entre os tipos 1 e 2 aconteceu no século cinco. As primeiras formas de tratamento começaram a ser desenvolvidas no início do século XX. Na metade do século passado, com a industrialização cada vez mais forte, a diabetes começou a se tornar cada vez mais comum, fato que acontece devido ao aumento no peso da população.

Confira o que é insulina

A insulina é um dos hormônios produzidos pelo corpo, sua função é diminuir os níveis de glicose no sangue. A insulina é produzida por células beta do pâncreas. As pessoas que apresentam dificuldades para a produção desse hormônio acabam tendo acúmulo de glicose na urina e na corrente sanguínea. Dessa forma, a falta de insulina pode ocasionar à diabetes, principalmente em pessoas acima do peso. A insulina é um composto que pode ser produzido artificialmente, sendo assim, as pessoas portadoras da doença poderão fazer o tratamento através de medicamentos e injeções. Este hormônio foi identificado pela primeira vez em 1869, poucas empresas conseguem reproduzir a insulina.

A importância do pâncreas

O pâncreas é uma glândula que faz parte dos sistemas endócrino e digestivo. Ele ajuda na secreção de fluidos e também é o responsável pela produção de alguns hormônios, como glucagon e insulina. Em alguns casos o pâncreas cria tumores, que podem resultar em diabetes. Quando ele é atacado por algumas enzimas diferentes, pode parar a produção de insulina. Algumas pessoas nascem com problemas nessa glândula e não produzem nenhuma quantia de insulina, outros estão acima do peso e começam a apresentar dificuldades nessa produção. As pessoas que possuem insulina abaixo dos níveis indicados podem ter diabetes, devido a dificuldade para controlar a glicose. Manter o corpo saudável e proteger o abdômen é fundamental para ficar longe desse problema.

Os problemas causados pela glicose

A glicose é um tipo de carboidrato, sendo um dos mais conhecidos. Funciona como um tipo de combustível para as células do corpo. A glicose também está presente nas plantas, sendo um dos elementos fundamentais para a fotossíntese. No corpo humano a glicose também está presente no sangue, como ela é um elemento doce, quem come muitos produtos desse tipo terá os níveis desse carboidrato elevado. A insulina é o hormônio que ajuda a controlar a taxa de glicose, dessa forma evita doenças, mas algumas pessoas apresentam dificuldades na produção desse hormônio, e acabam contraindo a diabetes. Por tanto, se você está acima do peso, evite consumir produtos com excesso de glicose.

O que causa a diabetes?

Não existe apenas uma causa para a diabetes, muito pelo contrário, existem diversos fatores que colaboram com as possibilidades de contrair essa doença. Entre eles estão defeitos genéticos na célula Beta, do pâncreas; mutação do DNA mitocondrial; problemas relacionados à insuficiência na produção de insulina; mudanças no receptor de insulina; doenças no pâncreas; maior chance nas pessoas com hipertireoidismo; excesso de hormônios de crescimento; maiores possibilidades para pessoas que utilizam drogas; entre outros. Como o tipo 1 é raro de acontecer, a maioria que possui essa doença é por origem genética, já o tipo 2 está relacionado principalmente a obesidade, então procure se alimentar de maneira correta.

Principais sintomas da diabetes

As pessoas com diabetes apresentam maior vontade de urinar, excesso de sede e fome. Existe basicamente um padrão dos sintomas apresentados por essa doença. A Poliúria, que é o aumento excessivo na urina; a Polidipsia, quando a pessoa fica com mais vontade de ingerir líquidos e tem mais sede; Polifagia, quando aumenta o apetite do portador; pode prejudicar a visão, diminuir o peso, entre outros. Normalmente os sintomas são mais intensos na  Diabete Mellitus tipo 1, os sintomas também existem no tipo 2, mas demoram mais para aparecer. As dificuldades para enxergar atingem ao menos 40% das pessoas com falta de insulina, e quando não tratada corretamente pode gerar cataratas ou cegueira.

Saiba como identificar à diabetes

Os primeiros sintomas costumam surgir de repente. Se você estiver apresentando cansaço excessivo, perda de peso, e bastante fome, poderá estar com a Diabetes Mellitus tipo 1. Já no tipo 2, uma das pistas para o problema pode ser a dificuldade na visão ou escurecimento das pernas. Se estiver com dúvida procure um médico e faça o teste. O primeiro procedimento a ser realizado é fazer um exame de sangue, com jejum de 8h. É possível realizar um teste de tolerância a lactose, os índices normais vão até 140 mg/dl 2 horas depois de exame, e 199 mg/dl até 4 horas. Outra opção é o teste de hemoglobina glicosilada, que a taxa normal deve ficar entre 5,6% e 6,3%. Para ter a certeza que possui a doença é necessário realizar ao menos um desses exames.

Fatores de risco para a diabetes

A diabetes é uma doença que pode aparecer em qualquer época da vida, ou já nascer com ela. O grupo mais atingido pela Diabetes Mellitus são pessoas com mais de 45 anos; que sejam obesas, ou seja, possuam 120% a mais do que o peso ideal; que possuam histórico de diabetes na família, principalmente com parente de 1º grau; as grávidas também fazem parte do grupo de risco; para pessoas que possuem hipertensão arterial sistêmica; com problemas de colesterol ou triglicerídeos; e que estejam com problemas relacionados à glicose. Os atingidos pelo tipo 1 em 25% das vezes possuem casos na família, já os do tipo 2 apenas 10%.

Qual o período da vida com mais chances da diabetes aparecer?

A chance de adquirir diabetes acontece durante toda a vida, mas fica maior após os 45 anos. Contrair a diabetes com menos do que essa idade principalmente com pessoas acima do peso, daí a importância de praticar atividades físicas. Outro período da vida com possibilidades de ter diabetes é durante a gestação, as mulheres que tiverem normalmente não apresentam muitos sintomas, mas se não cuidar da maneira adequada poderá continuar com a doença depois do parto. De modo geral, quanto mais velha for à pessoa, mais cuidados deverão ter com a alimentação.

Bebês que nascem com a diabetes

As mães que tem diabetes gestacional podem transmitir a doença para as crianças. Em geral os bebês nascem com a Diabetes Mellitus tipo 1, mas isso acontece com extrema raridade. Poderá ser difícil perceber que a criança tem a doença, então fique atenta. Às vezes o resultado não aparece nem no exame de sangue. O normal é não nascer com a doença, o mais costumeiro é contrair a diabetes nos primeiros meses ou anos de vida. Quando descoberta cedo, a criança vai se acostumar com mais facilidade ao tipo de alimentação sem açúcar. O tratamento terá que ser feito por picadas com insulina.

Alimentos que diabéticos devem evitar

Uma das principais coisas a fazer para evitar a diabetes, ou então para diminuir os seus sintomas é cuidar da alimentação. Quem possui a Diabetes Mellitus deve evitar o consumo de produtos ricos em carboidratos. Entre os alimentos para evitar estão à farinha branca e todos os seus derivados, como pães, bolos e massas; açúcar branco refinado, que além de aumentar à diabetes causa outras doenças; batata e cenoura, os dois vegetais aumentam a produção de glicose, pois rapidamente se transformam em açúcar; abacaxi, melancia, melão e banana também devem ser evitados, essas frutas são muito doces, então não caia na história que fruta pode ser degustada a vontade. Para preparar um cardápio ideal você pode consultar um médico ou nutricionista, pois além dos carboidratos outras substâncias fazem mal para os diabéticos.

Alimentos recomendados para diabéticos

Os diabéticos devem tomar muito cuidado com a alimentação, para não agravar a situação do problema. Quem tem a doença pode consumir carne de aves; peixes e carnes magras; se for tomar leite prefira o desnatado, ao invés do integral; queijo branco, como a ricota; alimentos que sejam ricos em fibra, entre eles estão aveia, farinha de banana verde e semente de linhaça; verduras, como alface e couve, quanto mais verde melhor; feijão, milho e ervilhas, que irão ajudar na sustentação do corpo; sucos naturais; e cereais. Procure consumir produtos com baixos índices glicêmicos, que são os alimentos que causam poucas mudanças nos níveis da glicose.

Pratique exercícios físicos

Uma das principais dicas para se livrar de um problema futuro, como a diabetes, é praticar exercícios físicos. Dessa forma o seu corpo irá queimar o mesmo número de gordura que consumir, e diminuirá as possibilidades de criar sobrepeso. As pessoas sedentárias podem complicar a sua própria saúde, quem não pratica nenhuma atividade física fica cansada com mais facilidade, e pode adquirir a diabetes. As pessoas acima do peso normalmente possuem grandes níveis de glicose no sangue, e em muitos casos a insulina não dá conta de reduzir. Se você não tem esse hábito, comece a praticar uma caminhada aos poucos, ou mesmo andar na rua. Com o avanço da tecnologia, as pessoas não fazem muito esforço físico, e isso não é bom. Para prevenir a diabetes, mecha-se, literalmente.

Problemas causados pela diabetes

Quando a doença não é tratada da maneira adequada, poderá causar graves problemas para a saúde. Entre os principais problemas estão às complicações agudas, como cetoacidose, coma hiperesmolar e até mesmo levar o paciente a óbito. A situação pode se agravar cada vez mais pela falta de tratamento, gerando dificuldades no coração, AVC (Acidente Vascular Cerebral), problemas crônicos nos rins, dores nos pés, entre outros. Por mais que o tratamento seja levado a sério, consuma apenas os alimentos que não fazem mal, alguns sintomas ainda vão continuar aparecendo. Quem possui a diabetes, mas deseja ter uma vida normal, deve procurar o tratamento assim que surgirem os principais sintomas.

Problemas crônicos da diabetes

Quando o tratamento não é feito de maneira adequada à doença pode começar a apresentar problemas crônicos. Entre eles estão: criação de placas de gordura na corrente sanguínea; problemas na retina; aumento de carbono no sangue, causando hipertensão; coágulos e trombose; falta de proteínas, gerando problemas na pele; inchaço nos pés; dificuldades nos rins, atingindo metade dos casos do tipo 1; diminuição da sensibilidade dos pés; problemas no metabolismo em geral; aumentar os problemas cardíacos; e as possibilidades de chances de AVC. Quem possui hipertensão arterial, problemas com triglicerídeos ou colesterol faz parte do grupo de risco dos problemas crônicos.

Tratamento para diabéticos

Manter alimentação controlada e praticar atividades físicas com certa regularidade são ações fundamentais para melhorar a qualidade de vida com a diabetes. O tratamento para o tipo 1 é a base de insulina, é necessário utilizar duas ou três vezes por dia. Pode ser feito através de agulha, ou por meio de uma bomba que aos poucos vai liberando o hormônio na corrente sanguínea, também é necessário verificar a taxa de açúcar no sangue diariamente. Já quem possui o tipo 2 pode utilizar medicamentos hipoglicemiantes, na terceira idade os portadores normalmente necessitam de dois medicamentos para controlar o problema. Quem tem diabetes gestacional deve cuidar da dieta e consumir poucos produtos ricos em açúcar.


Diabetes Mellitus tipo 1

A Diabetes Mellitus tipo 1 surge quando uma doença atinge o pâncreas, destruindo as células responsáveis pela produção da insulina. Essa variedade da doença atinge entre 5% e 10% das pessoas com o vírus. O número de contaminados varia de acordo com a posição geográfica, no Brasil apenas sete pessoas a cada 100 mil possuem a Diabetes Mellitus tipo 1. Normalmente os primeiros sinais surgem na infância, tornando a pessoa dependente da insulina por toda a vida. Esse grau da doença faz o corpo não produzir nenhuma quantidade de insulina, diferente do tipo 2, onde existe o desenvolvimento de pequenos níveis do hormônio. A maioria das pessoas que possui o problema teve o início da causa através da genética. Utilizar drogas também ajuda a aumentar a chance de pegar o tipo 1, mesmo para adultos.

Diabetes Mellitus tipo 2

As pessoas que apresentam esse problema até produzem insulina, mas o número é insuficiente para manter a taxa de glicose baixa. Atinge 90% dos casos de diabetes. Atualmente tem o conhecimento que pessoas acima do peso, e que já possuem condições genéticas favoráveis à doença possuem maiores chances de pegar o tipo 2. Seu tratamento pode ser feito com o início da prática de atividades físicas e mudanças na dieta, dessa forma os sintomas irão diminuir consideravelmente. Os portadores que necessitam de constante reposição de insulina deverão ser submetidos a exames, para verificar os níveis da glicose no sangue. A Diabetes Mellitus tipo 2 pode atingir também as pessoas que já possuem problemas no coração, que sofreram AVC ou apresentam dificuldades para a circulação de sangue no corpo. Quem possui o tipo 2 perde em media 10 anos na expectativa de vida, mudanças no estilo de vida ajudam a melhorar essa situação.

Diabetes Gestacional

Uma mulher que não possui diabetes pode ter os níveis de glicose no sangue elevados durante a gestação. O problema não causa graves sintomas, mas pode proporcionar a necessidade de cesariana, ou aumentar as chances de depressão. As crianças que nascerem de mulheres que tiveram Diabetes Gestacional terão maiores possibilidades de adquirirem Diabetes Mellitus tipo 2. É comum em mulheres que já enfrentaram o problema, que possuem casos de tipo 2 na família, ou que tenham sobrepeso. Normalmente aparece no terceiro mês da gravidez e atinge 6% das gestações. Após o parto, 90% dos casos terminam, mas existe risco de evoluir para o tipo 2.

Diabetes Insipidus

Esse grau da doença tem a característica de apresentar muita sede e vontade de urinar. Isso acontece mesmo com a redução do consumo de líquidos. O problema está relacionado ao hormônio antidiurético, que ajuda na limpeza dos rins, quando ele não está presente nos níveis ideias à urina “acaba escapando” diretamente. Os sintomas são semelhantes ao da Diabetes Mellitus tipo 1, para diminuir a incidência do problema é fundamental fazer o tratamento a base de medicamentos, esse procedimento deve seguir ao longo de toda a vida. Algumas pessoas possuem tumor, que ajuda a representar esse tipo da doença, o problema também pode aparecer nas grávidas.

Diabetes tem cura?

Segundo os médicos especialistas, ainda não existe cura para a diabetes. Mas realizar o tratamento com insulina, melhorar a alimentação e também iniciar a pratica de atividades físicas são coisas fundamentais para ter uma vida saudável, mesmo com diabetes. As pessoas que realizam exame de sangue regularmente podem descobrir altas taxas de glicose, mas que ainda não são considerados diabéticos, são conhecidos como pré-diabéticos, e ainda podem evitar a doença, desde que já mudem as suas ações.

É possível ter uma vida normal com diabetes?

A resposta é sim. Para os pacientes que possuem o tipo 1 devem manter sempre estáveis os níveis de insulina. Quem é portador do tipo 2 deve emagrecer, esse procedimento é fundamental para levar uma vida normal. A diabetes não impede a pessoa de realizar coisas do dia a dia, apenas deverá cuidar da alimentação.

Número de diabéticos no mundo

O número de diabéticos no mundo começou a disparar principalmente depois da década de 1980. Esse grande crescimento vem acontecendo devido a industrialização, às pessoas almoçam fora de casa, consomem alimentos perigosos para a saúde, aumento o seu peso, proporcionando maior possibilidade de adquirir a Diabetes Mellitus tipo 2. Atualmente mais de 422 milhões de pessoas sofrem com esse problema em todo o planeta, em 1980 apenas 108 milhões continham a doença. Com a população mundial girando em torno de 7 bilhões de pessoas, o número de adultos com diabetes chegou a 8,5%. De acordo com dados de 2012, 3,5 milhões de pessoas que morreram nesse ano tinham diabetes, sendo 1,5 milhões afetados diretamente pela doença.

Tecnologia é aliada no tratamento para a diabetes

No passado levava muito tempo para descobrir a doença e iniciar o tratamento. Com isso acabava perdendo tempo e o problema se agravava. As seringas utilizadas para colocar a insulina também eram mais grossas e causavam fortes dores aos diabéticos, agora estão cada vez mais finas. Também foram desenvolvidos novos produtos, que diminuíam a necessidade de colocar tanta insulina por dia. O aparelho que mede a taxa de açúcar na corrente sanguínea também é fundamental para o tratamento.

Mitos sobre a diabetes

Algumas pessoas acham que a diabetes pode ser passada de uma pessoa para outra, mas isso não acontece. Não existem estudos científicos que comprovem os benefícios da canela para o tratamento. O diabético não pode comer mel, açúcar mascavo, ou caldo de cana. A insulina não proporciona nenhum vício. Mesmo sem ingerir carboidratos é preciso utilizar a insulina. Bebidas alcoólicas devem ser consumidas com moderação e indicação médica.