quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Colégio Rio Branco realiza curso de Redes Sociais​ ​para Terceira Idade​!

Com o objetivo de estimular a inclusão digital em um mundo cada vez mais conectado, o Colégio Rio Branco está realizando o curso gratuito O Uso das Redes Sociais na Melhor Idade, com foco em pessoas acima de 60 anos.

Durante o programa, serão apresentadas as principais ferramentas de interação digital e suas funções. Os temas e a ordem das aulas são: “Introdução às redes sociais, Google e Youtube”, “Facebook”, “Whatsapp e Instagram” e “Youtube Avançado”.

Ministrado pelo professor de Tecnologia do Colégio Rio Branco, Jorge Farias, o curso conta com uma dinâmica prática que favorecerá a integração entre os participantes e ensinará as melhores maneiras de pesquisar conteúdos, interagir com os públicos nas diferentes plataformas e gerenciar perfis nas redes sociais.

A primeira aula foi marcada por muita interação entre os participantes, o contato com noções básicas do universo digital, a importância sobre o uso das redes e a muito esclarecimento de dúvidas. A escola disponibiliza notebooks para as aulas, mas os alunos também podem usar seus smartphones, pois a ideia é que saibam navegar na internet e mexer nas ferramentas em diferentes dispositivos.

Esta é a segunda ação do projeto Espaço Rio Branco: Cultura & Reflexão, que tem como objetivo, criar espaços, cada vez mais ativos, de cultura, saber e acolhimento por meio de projetos voltados à comunidade, que estimulem o enriquecimento intelectual e das relações sociais.

Informações sobre a programação completa com o escopo das aulas, no site do colégio: http://www.crb.g12.br/site/acontece/eventos/170807_Redes_Sociais/Redes_Sociais_3a_idade.aspx

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Vinho pode evitar o envelhecimento precoce, é fato!

Os vinhos, sobretudo os tintos, são ricos em polifenóis, que são potentes antioxidantes, ou seja, "varredores" de radicais livres. São eles os principais responsáveis pela ação anti-idade dos vinhos. Por isso, é fácil entender porque as pessoas com mais de 60 anos que têm o hábito regular de beber até duas taças de vinho durante as refeições envelhecem com melhor qualidade de vida.

O colágeno e a elastina são substâncias que dão consistência e elasticidade à pele; a colagenase e a elastase são enzimas que destroem o colágeno e a elastina, respectivamente, fazendo com que a mesma fique menos elástica. Os polifenóis do vinho bloqueiam a ação da colagenase e da elastase e, também, melhoram a microcirculação e a hidratação.

Antocianinas


As antocianinas, substâncias naturalmente encontradas nas cascas das uvas, são pigmentos de coloração azul, vermelha e violeta, responsáveis pela grande variedade de cores de frutas, flores e folhas. As antocianinas protegem e estimulam a renovação dos tecidos ricos em colágeno, que garante a firmeza e a elasticidade da pele e das paredes das artérias.

Estudos clínicos comprovam: as antocianinas protegem a pele contra o envelhecimento.





Um estudo conduzido em 2013 pela Universidade de Medicina de Chung Shan, Taiwan, e publicado na revista internacional Pharmaceutical Biology, demonstrou que as antocianinas reduzem as manchas na pele causadas pela radiação solar e reverte o aspecto de pele envelhecida.

Outro estudo realizado em 2013 pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Bangkok, Tailândia, e publicado no renomado jornal internacional BMC Complementary and Alternative Medicine, apontou que as antocianinas apresentam potente ação antiglicante, ou seja, impedem que o excesso de açúcar no sangue degrade o colágeno, acelerando o processo de envelhecimento cutâneo.

Fontes de antocianinas
A uva é a fruta onde essas substâncias são mais encontradas, porém a quantidade e a composição das antocianinas diferem de acordo com a espécie, variedade e forma de cultivo.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Sim, sua avó ou avô tem de adotar um cachorro!

Estudo revela como idosos que vivem com um cão fazem mais exercício nos piores dias do ano do que aqueles que não possuem um cão.


Minha mãe, embora adore Matilda, se recusa sair com ela sozinha. Acho que ela teme que a cadela se solte da coleira e escape com vento fresco. E isso que não teria problema para alcançá-la. Mesmo em idade avançada, cansa todos nós com caminhadas quilométricas, mesmo que chova canivetes... Bem, talvez eu esteja exagerando um pouco ao exaltar suas capacidades de andarilha. A chuva é a única coisa que a detém. Mas estou convencida de que se ela fosse a única responsável pelo bem-estar da minha cadela, nem o granizo a deixaria em casa. Por isso, estou pensando em dar a ela uma cópia de Matilda. Seria muito bom para as duas, de acordo com um estudo que ressalta as qualidades de viver com um cão quando se chega a uma idade avançada como motor da atividade física, mesmo durante as épocas de mau tempo. O artigo, publicado na semana passada no Journal of Epidemiology and Community Health (editado pelo prestigioso British Medical Journal) assim o demonstra.

Os pesquisadores britânicos, especialistas em saúde pública e atividade física, já destacam na introdução do estudo o grave problema do sedentarismo em idades avançadas. “Menos de metade dos idosos do Reino Unido cumpre a meta de 150 minutos por semana de atividade moderada”, afirmam. “Sabemos que a atividade física diminui à medida que as pessoas envelhecem e esse declínio é particularmente grande durante o inverno, quando os dias são curtos, frios e úmidos, tornando mais difícil ter motivação para sair”, conta por e-mail Andy Jones, um dos pesquisadores que assinam o trabalho. “Consideramos que passear com o cachorro é uma forma de combater esse declínio, por isso fizemos essa pesquisa para entender melhor qual era o impacto dessa tarefa na atividade física e como ela contribui para que permaneçam ativos quando o tempo está ruim”.

O artigo relata que participaram 3.123 pessoas, quase todas rondando os 70 anos (embora as idades oscilassem entre os 49 anos do mais jovem e os 91 do mais idoso) e aqueles que tinham cachorro (18%) faziam mais exercício nos piores dias do ano do que aqueles que viviam sem um cão durante o verão, com temperaturas amenas (pensemos no Reino Unido). Seus movimentos foram gravados por um acelerômetro.

Jones, do Departamento de Saúde da População e Cuidados Básicos da Faculdade de Medicina de Norwich, pertencente à Universidade de East Anglia (Reino Unido), diz: “Aqueles que caminhavam com seu cão eram muito mais ativos e passavam menos tempo sentados em relação àqueles que não tinham cachorro. Esperávamos isso, mas quando observamos a quantidade de atividade que os participantes realizavam a cada dia tendo em conta as variações climáticas, realmente nos surpreendeu muito a grande diferença entre aqueles que tinham cachorro e o resto dos participantes do estudo”.

O cientista, também membro do Instituto de Saúde Pública de Cambridge, pertencente à universidade, esclarece: “Nos dias mais curtos, mais frios e úmidos, todos tendiam a ser mais sedentários e passavam mais tempo sentados, embora aqueles que viviam com um cão fossem menos afetados por essas condições adversas: estes últimos eram mais ativos fisicamente nos dias mais difíceis do que aqueles que não tinham cão nos dias ensolarados e quentes de verão. A diferença entre eles foi muito mais importante da que costumamos encontrar em intervenções como sessões de atividade física em grupo, que são habitualmente usadas para ajudar as pessoas a permanecerem ativas”.


Então, teria que dar um cachorro para a minha mãe por prescrição facultativa? “Não recomendamos a todos ter um cão, porque não são apropriados para todo mundo”, responde o pesquisador, “mas isso certamente deve ser considerado para aqueles que gostariam e podem cuidar deles. Quando não for assim, uma opção é passear com cães de outras pessoas, há muitas oportunidades para fazer isso, e sabemos que a maioria dos cães não faz exercício como deveria. Assim, tanto o caminhante quanto o cão se beneficiariam”.

Já tenho uma tarefa para o resto do verão. Vamos ver como convenço minha mãe de que nenhum cão razoável a abandonaria. E de não só é a Matilda que é irresistível.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Como deixar um idoso sempre feliz!

Felicidade

Trazer felicidade para a vida de um idoso é bem mais fácil do que parece. Quanto mais vivemos, mais aprendemos a valorizar as pequenas coisas e os gestos de carinho. As dicas abaixo são apenas sugestões, a sua imaginação é que manda na hora de demonstrar carinho!



1- Converse!
Ache um tempo para conversar com o idoso, pois ele sempre gosta de contar suas experiências e também quer passar para os filhos e netos as tradições da família.


Porém, um ponto muito importante para tratar de assuntos tão delicados com o idoso, é a forma de abordagem. Antes de tudo, é preciso respeitar as características do idoso e tomar os devidos cuidados para não infantilizá-lo. Trate-o com respeito e entenda como ele é. Se é mais expansivo, não há problema em abordar os assuntos na frente da família. Mas, se ele é mais fechado, a tarefa deve ser dada ao familiar mais próximo, reservadamente e com carinho.

Outro fator importante é saber lidar com sua resistência inicial. Afinal, mudar os hábitos não é confortável para ninguém. Muito menos para quem vive há anos da mesma forma.
Mas lembre-se, conversar sempre com o idoso é uma foram dar atenção e prevenir que algo possa acontecer.


“É importante discutir alguns assuntos, até para deixar claro que o objetivo é tornar a vida do idoso melhor, mais fácil e prática. Tudo para o bem dele”, explica a psicoterapeuta Zenaide Monteiro.
Mas, para tratar de assuntos delicados é preciso, antes de tudo, entender que o idoso não é uma criança e respeitar as características dele. “Trate-o com respeito e entenda como ele é. Se é mais expansivo, não há problema em abordar os assuntos na frente da família. Mas, se ele é mais fechado, a tarefa deve ser dada ao familiar mais próximo, reservadamente e com carinho”, sugere a especialista.

Lidar com uma resistência inicial e compreender é essencial. Afinal, mudar os hábitos não é confortável para ninguém. Muito menos para quem vive há anos da mesma forma.
“Não fale como se ele estivesse te atrapalhando. Não é nada disso. Mas há casos, uma enfermidade, por exemplo, em que o hospital pode ser mais indicado para um tratamento do que a casa da gente. O filho adolescente, dependendo do curso, não precisa ir estudar fora? É a mesma coisa”, explica.


Sabendo conversar, o seu ente querido pode conhecer novas possibilidades e ser bem mais feliz.

Fale com eles sobre:
  1. Discuta o que eles preferem: permanecer na casa atual, se mudar para uma menor ou viver em um condomínio? Quando é preciso cuidado, conversem sobre ajuda domiciliar ou mudança para uma instituição (só leve se ele quiser ir);
  2.  Crime e fraude
  3. Idosos são alvo fácil para criminosos. Golpes e vendas destinadas às pessoas mais velhas podem causar prejuízos. E idosos vítimas sentem vergonha de discutir o assunto. Conversar é fundamental para aproximá-los dos filhos;
  4. Atividade saudável
  5. Sempre há um tipo de exercício que o idoso possa fazer, mesmo que em uma cadeira. Estudos mostram que atividades regulares contribuem para um envelhecimento saudável. Incentive para que adicionem exercícios em seu cotidiano;
  6. Mudando a casa
  7. Quais reparos podem ser feitos para segurança e conveniência do idoso? Não deixe objetos soltos no caminho: Tapetes, fios, mesinhas. Faça um tour em casa, olhe as situações e condições que podem ser perigosas no deslocamento;
  8.  Saúde e depressão
  9. Atividades que estimulam o cérebro são bastante eficazes. Manter a mente sempre ativa e passar mais tempo com outras pessoas promovem a saúde cerebral e deixam o sistema imunológico mais forte e melhoram o humor.

2- Deixe o idoso falar:
 
Mesmo que ele(a) conte a mesma história várias vezes, deixe-o(a) falar, escute com atenção e comente.


3- Inclua-o(a):
 
Na medida do possível, se o idoso tiver disposição, saúde e vontade, inclua-o em atividades familiares como: passeios de carro, viagens, churrascos, festas de aniversário, festas natalinas, igreja, etc. Muitos idosos excluem-se da família por receio de atrapalhar. Um simples convite pode fazer milagres.


4- Reclamações:
 
Se o idoso é daquelas pessoas que gosta de reclamar de tudo, deixe-o fazê-lo! Afinal o idoso, assim como as crianças, tem o direito à tolerância.


5- Leitura:
 
É claro que com o passar do tempo a visão do idoso não é mais a mesma, vai diminuindo e muitos não podem ler. Mas vários idosos gostam da leitura, principalmente se forem livros religiosos. Leia para ele, principalmente aos domingos quando se tem mais tempo.

E ao falar sobre a importância da leitura pensamos logo em crianças, não é? Atualmente precisamos lembrar de que há outros grupos na sociedade que se beneficiam e precisam criar este hábito: o pessoal sênior. Um livro pode ser um grande companheiro e um provedor de saúde física e emocional.

Estudos comprovam que para atenuar os efeitos do envelhecimento, os estímulos como: ver filmes, visitar exposições, dançar, cantar e é claro ler, mantêm o cérebro ativo; o que é o melhor caminho para evitar uma série de degenerações do corpo e da mente.

O importante é manter a mente ativa e assimilar novos conhecimentos. O exercício mental da leitura ajuda a melhorar o funcionamento cerebral, pois mesmo com a idade avançada, novos neurônios podem nascer.

Nosso cérebro é um organismo vivo que aprende e cresce ao interagir com o mundo através da percepção e da ação.

10 benefícios da leitura:
  • A leitura estimula a memória expandindo a capacidade da nossa mente.
Tornamo-nos mais empáticos: Uma boa leitura pode fazer com que seja mais fácil aproximarmo-nos de outros. Alguns livros, principalmente os de ficção, ajudam-nos a ‘ler’ as emoções daqueles que nos rodeiam com uma maior facilidade, explica uma investigação publicada no site Science.

Folhear ajuda a concentrar: Por incrível que pareça, mudar de página ajuda-nos a contextualizar melhor aquilo que estamos a ler, o que pode proporcionar um melhor entendimento e uma maior compreensão da obra que lemos, explica um texto publicado na Wired.

Pode ajuda a prevenir a Doença de Alzheimer: Quem lê, joga xadrez e faz puzzles tem uma menor probabilidade de vir a desenvolver Alzheimer quando comparando com aqueles que não praticam actividades tão estimulantes, explica um estudo publicado no site da Proceedings of the National Academy of Sciences.

Ajuda a relaxar: Um estudo realizado na Universidade de Sussex mostra que ler ajuda a reduzir o stress em 68%. “Não importa que livro lê. Ao ‘perder-se’ num bom enredo, consegue esquecer as preocupações do dia-a-dia e passa algum tempo a explorar o imaginário do autor da obra” explicou o neuropsiquiatra David Lewis ao jornal Telegraph.

Ajuda a adormecer: Se fizer da leitura nocturna um hábito, o seu corpo perceber que, depois de ler algumas páginas, está na altura de ‘desligar’, explica uma investigação da Mayo Clinic. Ler um livro faz mais pelo seu sono do que um computador ou um tablet – a luz emitida pelos ecrãs faz com que esteja acordado durante mais tempo.

Ler é ‘contagiante’: A maioria dos pais gostava que os filhos lessem mais, mas a verdade é que não fazem muito para que isso aconteça – a maioria deixa de lhes ler histórias quando eles aprendem a ler. Um novo estudo divulgado pela editora Scholastic mostra que ler em voz alta para as crianças durante a primária ajuda-as a tornarem-se verdadeiros amantes de literatura. Ou seja, não deixe de lhes ler histórias à noite. Esse hábito só lhes vai fazer bem no futuro.
  • A leitura é combustível inesgotável para a imaginação.
  • A leitura nos dá as palavras, instrumentos para expressar nossos sentimentos.
  • A leitura nos aproxima da compreensão de mundo e do autoconhecimento.
  • Ao ler, nos deparamos com aquilo que pensamos, isto é, nossas crenças.
  • É possível experimentar sensações com a leitura, sem de fato, experimentá-las fisicamente.
  • O ato de ler leva naturalmente ao escrever e ao escutar.
  • Ler pode elevar a autoestima.
  • A leitura desconhece a solidão, nos permite estar sempre acompanhados;
  • A leitura constrói sonhos e nos empurra para a realização.
Segundo pesquisas do Centro Médico da Universidade Rush (Chicago-EUA/”Neurology”, 3 de julho), a atividade de leitura pode reduzir a velocidade do processo de deterioração mental  em até 15%. O Dr.  Marcos Alvinair Gomes (geriatra) diz o seguinte sobre o assunto: “Um dos processos de prevenção contra a perda de memória e cognição é o estímulo permanente do cérebro. E uma das formas de manter essa estimulação permanente é a leitura.

6- Não seja egoísta!
 
Se você tem mais irmãos e eles moram perto, divida com eles o privilégio de também poderem demonstrar amor aos pais e avós. Deixe que o idoso visite seus irmãos e se quiser passe alguns dias com eles.


7- Rotina:
 
Toda pessoa, na velhice, adquire hábitos mais rígidos. Acorda cedo, dorme cedo, gosta de jogar paciência, e vê os mesmos programas de televisão. Não mude a rotina dele. É direito dele decidir como quer viver.


8- Lazer:
 
Incentive-o a visitar seus amigos, a fazer um curso, artesanato, ir à praia, fazer caminhada, etc. O contato com outras pessoas o ajudará a passar o tempo mais rápido e com alegria, além de sentir-se útil.


9- Limites físicos:
 
Deixe-o ajudar em alguma tarefa quando ele quiser, se não for pesado. Lembre-se: com a idade avançada, eles não aguentam muito peso ou tarefas que exigem raciocínio rápido.


10- Amor e carinho! 

Diga pelo menos uma vez por dia que você o ama, isso é fundamental para que o idoso se sinta querido. Abrace-o e sorria para ele, pois assim ele se sentirá seguro e saberá que você o ama. Presenteie-o com uma flor, um bombom, um desenho. Leve-o para ver os netos, qualquer coisa que expresse seu carinho.

Não se esqueça: você é o jovem hoje, se Deus quiser será o idoso de amanhã.


Saiba quais hábitos de leitura você pode incorporar em sua vida
Como tornar a leitura um hábito cotidiano? Existem algumas dicas que podem te ajudar nessa tarefa! Veja:
  • Leia todos os dias antes de dormir. Além de acalmar nossos pensamentos e agitação acumulados durante o dia, essa é uma forma de estimular nosso cérebro diariamente.
  • Adote o hábito de escrever um diário. Esse pode até parecer um hábito infantil, mas é uma boa forma de organizar os pensamentos e articular suas ideias, assim como fazemos quando estamos lendo um livro.
  • Leia notícias em vez de assistir a TV. As informações de portais de notícias online e jornais impressos são sempre mais completas do que na TV. Dessa maneira, você fica por dentro do que está acontecendo no mundo e ainda exercita o cérebro.
  • Varie os temas de leitura. Quanto maior for a variedade de temas (ficção, biografias, romances, policiais, etc.) e estilos de escrita, melhores serão os benefícios dessa prática!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Depressão em idosos: os riscos e as armadilhas da doença nesta fase da vida.


Na velhice, alguns sintomas podem não ser expressados claramente, sendo, inclusive, confundidos com sinais de outros problemas.

A trajetória profissional é concluída e chega a aposentadoria, percebe-se um afastamento gradual dos que antes viviam mais próximos, fica cada vez mais nítida a noção de que a vida é finita – morrem parentes e amigos, surgem doenças, o corpo não funciona como antes. Envelhecer, como o dia a dia insiste em comprovar, é conviver com perdas, que são gatilhos para um mal muito frequente na terceira idade: a depressão. 

Adoecer em silêncio.

Com o avançar da idade, as dificuldades podem se acumular ou se apresentar a intervalos curtos de tempo. Imagine uma pessoa que acabou de se aposentar e tem de lidar com uma queda substancial nos rendimentos e o excesso de tempo ocioso a ser preenchido. Ao mesmo tempo, ela descobre um problema crônico de saúde – em média, um idoso apresenta quatro enfermidades simultâneas – e, de repente, recebe a notícia da perda de um amigo de longa data. O psiquiatra Eduardo Hostyn Sabbi, coordenador do Departamento de Psicogeriatria da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS), faz uma comparação:

– É como um garçom que está recolhendo os pratos da mesa. Daqui a pouco ele vai ter mais pratos do que os braços dele podem carregar. Perdas consecutivas têm um impacto superpesado.

A depressão atinge, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, até 5% dos idosos que vivem em comunidade. Os números mais do que dobram em se tratando daqueles internados em hospitais (11,5%) e dos doentes em homecare (13,5%).
O envelhecimento progressivo da população é um fator importante a ser considerado. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a proporção de pessoas acima de 60 anos vai quase duplicar até o ano de 2050, passando de 12% para 22% do total (de 900 milhões para 2 bilhões de indivíduos).


– Como vamos viver mais, vamos viver mais com a depressão também – comenta Ricardo Barcelos Ferreira, psiquiatra com especialização em psiquiatria geriátrica e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais. 

A depressão é mais comum em algumas famílias, repetindo-se de geração em geração, explica o geriatra João Senger. Herdada ou não, está frequentemente associada a alterações neuroquímicas no cérebro, principalmente na velhice. Os quadros depressivos podem ter características peculiares entre os mais velhos. Grande parte dos pacientes não relata, objetivamente, sentir tristeza. Eles tendem a apresentar queixas quanto a dores no corpo, alterações no apetite e no sono, perda ou ganho de peso, falta de ar, diarreia ou constipação, má digestão. Também são comuns sintomas como irritabilidade, ansiedade, perda de interesse, esquecimento e dificuldade de concentração.

– A apresentação é atípica: não podemos ficar esperando que o paciente diga que está triste, chorando, sem ânimo. Ele pode também não se dar conta de que está deprimido. Às vezes, o médico diz que é um quadro depressivo, e o paciente não aceita – destaca Senger. 

A personalidade de cada um é determinante para a forma como esse período da existência será encarado, e a capacidade de adaptação a adversidades e mudanças pode ser maior ou menor. Pessoas de baixa autoestima, com uma visão pessimista do mundo ou suscetíveis ao estresse estão mais predispostas à depressão. Aquelas de personalidade mais narcisista, por exemplo, podem encontrar dificuldade para aceitar alterações estéticas como as rugas e a flacidez. Outras, menos maleáveis, talvez sofram com mudanças repentinas, como a perda do emprego. 

Traços de personalidade se acentuam – a velhice é uma caricatura do que a pessoa foi, explica Senger. Se você sempre teve o mau humor como um traço marcante, deverá se tornar um idoso mais mal-humorado ainda. Quem sempre foi dócil vai ter essa característica intensificada. Mas o geriatra atenta para ideias equivocadas muito disseminadas que podem prejudicar o diagnóstico e retardar o tratamento de doenças. Costuma-se atribuir certos problemas e dificuldades à terceira idade, como se fossem típicos dessa fase e contra os quais não se pudesse nada fazer: "É da idade", fala-se com frequência. 

– Esses termos deveriam ser banidos. Não é "da idade". Envelhecer não é doença. Pode haver uma lentificação, caminhar mais devagar, pensar mais devagar, mas o envelhecimento não faz com que você não consiga mais fazer isso ou aquilo. A limitação e a perda de funcionalidade vêm por doença, não por envelhecer. As pessoas dizem: "Ah, mas com essa idade é normal que não consiga mais fazer isso". Não, não é normal – contesta o geriatra.
Habituadas a seguir um calendário de consultas e exames desde cedo, as mulheres não resistem a procurar um médico quando algo não vai bem. Já para os homens, a tarefa não parece ser tão simples – resistem, ao longo de toda a vida, a bater na porta dos consultórios. 

– É mais fácil uma mulher chegar e dizer para o médico "estou com depressão", ou qualquer outra doença, do que os homens. É mais fácil o homem se tornar um alcoólatra do que procurar um laboratório para se tratar – conta o psiquiatra Ferreira, salientando que a depressão é mais frequente entre as idosas.

 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Para chegar aos 100 anos, estilo de vida é mais importante que genética!

Enquanto ninguém descobre onde fica a “fonte da juventude”, confira os segredos de algumas pessoas que estão na faixa dos 80 aos 100 anos para alcançar a longevidade e envelhecer bem.



Afinal, qual é o segredo para vivermos por muitos, muitos anos, e, o mais importante, vivendo bem e com saúde? Bem, enquanto ninguém descobre onde fica a “fonte da juventude”, algumas pessoas que estão na faixa dos 80 anos – e até passando dos 100 – contam seus segredos para alcançar a longevidade e envelhecer bem.

“Saúde e paz são o essencial para se viver bem”

A frase acima é de Maria das Dores Bernardes. No último dia 7 de junho, ela passou a fazer parte dos centenários do país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela faz parte do grupo dos ‘muito idosos’ (com idade a partir dos 80 anos), que representam 2% (4,1 milhões) dos brasileiros.

Dorinha, como é conhecida, sempre seguiu os preceitos para se atingir longevidade com saúde física e mental. “Não sou de comer qualquer coisa nem sou gulosa. Gosto de feijão, arroz e bife”, explica. “Na minha festa de 100 anos, fiquei em pé das 18h30 às 21h para as fotos e ainda dancei seis músicas sem parar”, completa.

Genética ou estilo de vida?

Para Sérgio Murilo Fernandes Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia/Seção Pernambuco (SBGG/PE), o estilo de vida chega até a ter um papel mais relevante do que a genética. “Os fatores ambientais assumem uma notabilidade muito maior. Entre eles, estão ausência do tabagismo e da obesidade, dieta saudável, atividade física regular e vida social ativa”, enfatiza o geriatra.

O casal Carmen Cardozo dos Santos, 85, e Cláudio dos Santos, 87, é um exemplo desta teoria. Este ano eles comemoram 68 anos de casados e reconhecem a importância de se viver sem excessos. “Não somos de comer doces e bolos e controlamos o sal. Nossa rotina é tranquila. Passamos o fim de semana com nosso filho. Passeamos e vamos sempre à praia. Em casa, usamos a esteira para se exercitar”, revela o casal. Com dois filhos, seis netos e quatro bisnetos, eles comemoram não apenas a vida longa, mas principalmente a longevidade de um amor que se renova a cada instante.


Fonte: A Terceira Idade ( www.aterceiraidade.net )