segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Diabetes – O Guia Completo

A diabetes é uma das doenças que atinge mais pessoas em todo o mundo. Quem é portador e não se cuida acaba apresentando vários problemas, incluindo o risco de morte. Todos os anos milhões de pessoas descobrem o problema. Com o avanço da tecnologia está cada vez mais fácil de diagnostica-la, assim como realizar o tratamento. Neste artigo você vai conhecer a doença, os sintomas, como fazer o tratamento e muito mais.

O que é diabetes?

Conhecida cientificamente como Diabetes Mellitus, a diabetes é um tipo de doença que surge devido aos elevados níveis de glicose no sangue. A glicose é reduzida através da insulina, que é produzida automaticamente pelo corpo. Mas algumas pessoas apresentam dificuldades para a produção desse hormônio, que vem diretamente do pâncreas. Desde 1980 o número de pessoas atingidas pela doença no mundo quadriplicou, chegando a mais de 420 milhões de pessoas, isso vem acontecendo devido às mudanças no hábito alimentar. Na teoria a diabetes ainda não possui uma cura total, mas quando a pessoa portadora faz o tratamento da maneira correta e cuida da alimentação, os sintomas se tornam fracos e podem até desaparecer, mesmo sem eles, é fundamental continuar indo ao médico e manter a mesma alimentação.

História da diabetes

Existem relatos de 1.500 a.C. falando sobre a doença, nos registros do antigo Egito. Na Índia também surgiram informações da mesma época sobre a doença. A maioria das informações apontava para um aumento na vontade de urinar. O nome diabetes foi adotado no ano 230 a.C., na Grécia. A diferenciação entre os tipos 1 e 2 aconteceu no século cinco. As primeiras formas de tratamento começaram a ser desenvolvidas no início do século XX. Na metade do século passado, com a industrialização cada vez mais forte, a diabetes começou a se tornar cada vez mais comum, fato que acontece devido ao aumento no peso da população.

Confira o que é insulina

A insulina é um dos hormônios produzidos pelo corpo, sua função é diminuir os níveis de glicose no sangue. A insulina é produzida por células beta do pâncreas. As pessoas que apresentam dificuldades para a produção desse hormônio acabam tendo acúmulo de glicose na urina e na corrente sanguínea. Dessa forma, a falta de insulina pode ocasionar à diabetes, principalmente em pessoas acima do peso. A insulina é um composto que pode ser produzido artificialmente, sendo assim, as pessoas portadoras da doença poderão fazer o tratamento através de medicamentos e injeções. Este hormônio foi identificado pela primeira vez em 1869, poucas empresas conseguem reproduzir a insulina.

A importância do pâncreas

O pâncreas é uma glândula que faz parte dos sistemas endócrino e digestivo. Ele ajuda na secreção de fluidos e também é o responsável pela produção de alguns hormônios, como glucagon e insulina. Em alguns casos o pâncreas cria tumores, que podem resultar em diabetes. Quando ele é atacado por algumas enzimas diferentes, pode parar a produção de insulina. Algumas pessoas nascem com problemas nessa glândula e não produzem nenhuma quantia de insulina, outros estão acima do peso e começam a apresentar dificuldades nessa produção. As pessoas que possuem insulina abaixo dos níveis indicados podem ter diabetes, devido a dificuldade para controlar a glicose. Manter o corpo saudável e proteger o abdômen é fundamental para ficar longe desse problema.

Os problemas causados pela glicose

A glicose é um tipo de carboidrato, sendo um dos mais conhecidos. Funciona como um tipo de combustível para as células do corpo. A glicose também está presente nas plantas, sendo um dos elementos fundamentais para a fotossíntese. No corpo humano a glicose também está presente no sangue, como ela é um elemento doce, quem come muitos produtos desse tipo terá os níveis desse carboidrato elevado. A insulina é o hormônio que ajuda a controlar a taxa de glicose, dessa forma evita doenças, mas algumas pessoas apresentam dificuldades na produção desse hormônio, e acabam contraindo a diabetes. Por tanto, se você está acima do peso, evite consumir produtos com excesso de glicose.

O que causa a diabetes?

Não existe apenas uma causa para a diabetes, muito pelo contrário, existem diversos fatores que colaboram com as possibilidades de contrair essa doença. Entre eles estão defeitos genéticos na célula Beta, do pâncreas; mutação do DNA mitocondrial; problemas relacionados à insuficiência na produção de insulina; mudanças no receptor de insulina; doenças no pâncreas; maior chance nas pessoas com hipertireoidismo; excesso de hormônios de crescimento; maiores possibilidades para pessoas que utilizam drogas; entre outros. Como o tipo 1 é raro de acontecer, a maioria que possui essa doença é por origem genética, já o tipo 2 está relacionado principalmente a obesidade, então procure se alimentar de maneira correta.

Principais sintomas da diabetes

As pessoas com diabetes apresentam maior vontade de urinar, excesso de sede e fome. Existe basicamente um padrão dos sintomas apresentados por essa doença. A Poliúria, que é o aumento excessivo na urina; a Polidipsia, quando a pessoa fica com mais vontade de ingerir líquidos e tem mais sede; Polifagia, quando aumenta o apetite do portador; pode prejudicar a visão, diminuir o peso, entre outros. Normalmente os sintomas são mais intensos na  Diabete Mellitus tipo 1, os sintomas também existem no tipo 2, mas demoram mais para aparecer. As dificuldades para enxergar atingem ao menos 40% das pessoas com falta de insulina, e quando não tratada corretamente pode gerar cataratas ou cegueira.

Saiba como identificar à diabetes

Os primeiros sintomas costumam surgir de repente. Se você estiver apresentando cansaço excessivo, perda de peso, e bastante fome, poderá estar com a Diabetes Mellitus tipo 1. Já no tipo 2, uma das pistas para o problema pode ser a dificuldade na visão ou escurecimento das pernas. Se estiver com dúvida procure um médico e faça o teste. O primeiro procedimento a ser realizado é fazer um exame de sangue, com jejum de 8h. É possível realizar um teste de tolerância a lactose, os índices normais vão até 140 mg/dl 2 horas depois de exame, e 199 mg/dl até 4 horas. Outra opção é o teste de hemoglobina glicosilada, que a taxa normal deve ficar entre 5,6% e 6,3%. Para ter a certeza que possui a doença é necessário realizar ao menos um desses exames.

Fatores de risco para a diabetes

A diabetes é uma doença que pode aparecer em qualquer época da vida, ou já nascer com ela. O grupo mais atingido pela Diabetes Mellitus são pessoas com mais de 45 anos; que sejam obesas, ou seja, possuam 120% a mais do que o peso ideal; que possuam histórico de diabetes na família, principalmente com parente de 1º grau; as grávidas também fazem parte do grupo de risco; para pessoas que possuem hipertensão arterial sistêmica; com problemas de colesterol ou triglicerídeos; e que estejam com problemas relacionados à glicose. Os atingidos pelo tipo 1 em 25% das vezes possuem casos na família, já os do tipo 2 apenas 10%.

Qual o período da vida com mais chances da diabetes aparecer?

A chance de adquirir diabetes acontece durante toda a vida, mas fica maior após os 45 anos. Contrair a diabetes com menos do que essa idade principalmente com pessoas acima do peso, daí a importância de praticar atividades físicas. Outro período da vida com possibilidades de ter diabetes é durante a gestação, as mulheres que tiverem normalmente não apresentam muitos sintomas, mas se não cuidar da maneira adequada poderá continuar com a doença depois do parto. De modo geral, quanto mais velha for à pessoa, mais cuidados deverão ter com a alimentação.

Bebês que nascem com a diabetes

As mães que tem diabetes gestacional podem transmitir a doença para as crianças. Em geral os bebês nascem com a Diabetes Mellitus tipo 1, mas isso acontece com extrema raridade. Poderá ser difícil perceber que a criança tem a doença, então fique atenta. Às vezes o resultado não aparece nem no exame de sangue. O normal é não nascer com a doença, o mais costumeiro é contrair a diabetes nos primeiros meses ou anos de vida. Quando descoberta cedo, a criança vai se acostumar com mais facilidade ao tipo de alimentação sem açúcar. O tratamento terá que ser feito por picadas com insulina.

Alimentos que diabéticos devem evitar

Uma das principais coisas a fazer para evitar a diabetes, ou então para diminuir os seus sintomas é cuidar da alimentação. Quem possui a Diabetes Mellitus deve evitar o consumo de produtos ricos em carboidratos. Entre os alimentos para evitar estão à farinha branca e todos os seus derivados, como pães, bolos e massas; açúcar branco refinado, que além de aumentar à diabetes causa outras doenças; batata e cenoura, os dois vegetais aumentam a produção de glicose, pois rapidamente se transformam em açúcar; abacaxi, melancia, melão e banana também devem ser evitados, essas frutas são muito doces, então não caia na história que fruta pode ser degustada a vontade. Para preparar um cardápio ideal você pode consultar um médico ou nutricionista, pois além dos carboidratos outras substâncias fazem mal para os diabéticos.

Alimentos recomendados para diabéticos

Os diabéticos devem tomar muito cuidado com a alimentação, para não agravar a situação do problema. Quem tem a doença pode consumir carne de aves; peixes e carnes magras; se for tomar leite prefira o desnatado, ao invés do integral; queijo branco, como a ricota; alimentos que sejam ricos em fibra, entre eles estão aveia, farinha de banana verde e semente de linhaça; verduras, como alface e couve, quanto mais verde melhor; feijão, milho e ervilhas, que irão ajudar na sustentação do corpo; sucos naturais; e cereais. Procure consumir produtos com baixos índices glicêmicos, que são os alimentos que causam poucas mudanças nos níveis da glicose.

Pratique exercícios físicos

Uma das principais dicas para se livrar de um problema futuro, como a diabetes, é praticar exercícios físicos. Dessa forma o seu corpo irá queimar o mesmo número de gordura que consumir, e diminuirá as possibilidades de criar sobrepeso. As pessoas sedentárias podem complicar a sua própria saúde, quem não pratica nenhuma atividade física fica cansada com mais facilidade, e pode adquirir a diabetes. As pessoas acima do peso normalmente possuem grandes níveis de glicose no sangue, e em muitos casos a insulina não dá conta de reduzir. Se você não tem esse hábito, comece a praticar uma caminhada aos poucos, ou mesmo andar na rua. Com o avanço da tecnologia, as pessoas não fazem muito esforço físico, e isso não é bom. Para prevenir a diabetes, mecha-se, literalmente.

Problemas causados pela diabetes

Quando a doença não é tratada da maneira adequada, poderá causar graves problemas para a saúde. Entre os principais problemas estão às complicações agudas, como cetoacidose, coma hiperesmolar e até mesmo levar o paciente a óbito. A situação pode se agravar cada vez mais pela falta de tratamento, gerando dificuldades no coração, AVC (Acidente Vascular Cerebral), problemas crônicos nos rins, dores nos pés, entre outros. Por mais que o tratamento seja levado a sério, consuma apenas os alimentos que não fazem mal, alguns sintomas ainda vão continuar aparecendo. Quem possui a diabetes, mas deseja ter uma vida normal, deve procurar o tratamento assim que surgirem os principais sintomas.

Problemas crônicos da diabetes

Quando o tratamento não é feito de maneira adequada à doença pode começar a apresentar problemas crônicos. Entre eles estão: criação de placas de gordura na corrente sanguínea; problemas na retina; aumento de carbono no sangue, causando hipertensão; coágulos e trombose; falta de proteínas, gerando problemas na pele; inchaço nos pés; dificuldades nos rins, atingindo metade dos casos do tipo 1; diminuição da sensibilidade dos pés; problemas no metabolismo em geral; aumentar os problemas cardíacos; e as possibilidades de chances de AVC. Quem possui hipertensão arterial, problemas com triglicerídeos ou colesterol faz parte do grupo de risco dos problemas crônicos.

Tratamento para diabéticos

Manter alimentação controlada e praticar atividades físicas com certa regularidade são ações fundamentais para melhorar a qualidade de vida com a diabetes. O tratamento para o tipo 1 é a base de insulina, é necessário utilizar duas ou três vezes por dia. Pode ser feito através de agulha, ou por meio de uma bomba que aos poucos vai liberando o hormônio na corrente sanguínea, também é necessário verificar a taxa de açúcar no sangue diariamente. Já quem possui o tipo 2 pode utilizar medicamentos hipoglicemiantes, na terceira idade os portadores normalmente necessitam de dois medicamentos para controlar o problema. Quem tem diabetes gestacional deve cuidar da dieta e consumir poucos produtos ricos em açúcar.


Diabetes Mellitus tipo 1

A Diabetes Mellitus tipo 1 surge quando uma doença atinge o pâncreas, destruindo as células responsáveis pela produção da insulina. Essa variedade da doença atinge entre 5% e 10% das pessoas com o vírus. O número de contaminados varia de acordo com a posição geográfica, no Brasil apenas sete pessoas a cada 100 mil possuem a Diabetes Mellitus tipo 1. Normalmente os primeiros sinais surgem na infância, tornando a pessoa dependente da insulina por toda a vida. Esse grau da doença faz o corpo não produzir nenhuma quantidade de insulina, diferente do tipo 2, onde existe o desenvolvimento de pequenos níveis do hormônio. A maioria das pessoas que possui o problema teve o início da causa através da genética. Utilizar drogas também ajuda a aumentar a chance de pegar o tipo 1, mesmo para adultos.

Diabetes Mellitus tipo 2

As pessoas que apresentam esse problema até produzem insulina, mas o número é insuficiente para manter a taxa de glicose baixa. Atinge 90% dos casos de diabetes. Atualmente tem o conhecimento que pessoas acima do peso, e que já possuem condições genéticas favoráveis à doença possuem maiores chances de pegar o tipo 2. Seu tratamento pode ser feito com o início da prática de atividades físicas e mudanças na dieta, dessa forma os sintomas irão diminuir consideravelmente. Os portadores que necessitam de constante reposição de insulina deverão ser submetidos a exames, para verificar os níveis da glicose no sangue. A Diabetes Mellitus tipo 2 pode atingir também as pessoas que já possuem problemas no coração, que sofreram AVC ou apresentam dificuldades para a circulação de sangue no corpo. Quem possui o tipo 2 perde em media 10 anos na expectativa de vida, mudanças no estilo de vida ajudam a melhorar essa situação.

Diabetes Gestacional

Uma mulher que não possui diabetes pode ter os níveis de glicose no sangue elevados durante a gestação. O problema não causa graves sintomas, mas pode proporcionar a necessidade de cesariana, ou aumentar as chances de depressão. As crianças que nascerem de mulheres que tiveram Diabetes Gestacional terão maiores possibilidades de adquirirem Diabetes Mellitus tipo 2. É comum em mulheres que já enfrentaram o problema, que possuem casos de tipo 2 na família, ou que tenham sobrepeso. Normalmente aparece no terceiro mês da gravidez e atinge 6% das gestações. Após o parto, 90% dos casos terminam, mas existe risco de evoluir para o tipo 2.

Diabetes Insipidus

Esse grau da doença tem a característica de apresentar muita sede e vontade de urinar. Isso acontece mesmo com a redução do consumo de líquidos. O problema está relacionado ao hormônio antidiurético, que ajuda na limpeza dos rins, quando ele não está presente nos níveis ideias à urina “acaba escapando” diretamente. Os sintomas são semelhantes ao da Diabetes Mellitus tipo 1, para diminuir a incidência do problema é fundamental fazer o tratamento a base de medicamentos, esse procedimento deve seguir ao longo de toda a vida. Algumas pessoas possuem tumor, que ajuda a representar esse tipo da doença, o problema também pode aparecer nas grávidas.

Diabetes tem cura?

Segundo os médicos especialistas, ainda não existe cura para a diabetes. Mas realizar o tratamento com insulina, melhorar a alimentação e também iniciar a pratica de atividades físicas são coisas fundamentais para ter uma vida saudável, mesmo com diabetes. As pessoas que realizam exame de sangue regularmente podem descobrir altas taxas de glicose, mas que ainda não são considerados diabéticos, são conhecidos como pré-diabéticos, e ainda podem evitar a doença, desde que já mudem as suas ações.

É possível ter uma vida normal com diabetes?

A resposta é sim. Para os pacientes que possuem o tipo 1 devem manter sempre estáveis os níveis de insulina. Quem é portador do tipo 2 deve emagrecer, esse procedimento é fundamental para levar uma vida normal. A diabetes não impede a pessoa de realizar coisas do dia a dia, apenas deverá cuidar da alimentação.

Número de diabéticos no mundo

O número de diabéticos no mundo começou a disparar principalmente depois da década de 1980. Esse grande crescimento vem acontecendo devido a industrialização, às pessoas almoçam fora de casa, consomem alimentos perigosos para a saúde, aumento o seu peso, proporcionando maior possibilidade de adquirir a Diabetes Mellitus tipo 2. Atualmente mais de 422 milhões de pessoas sofrem com esse problema em todo o planeta, em 1980 apenas 108 milhões continham a doença. Com a população mundial girando em torno de 7 bilhões de pessoas, o número de adultos com diabetes chegou a 8,5%. De acordo com dados de 2012, 3,5 milhões de pessoas que morreram nesse ano tinham diabetes, sendo 1,5 milhões afetados diretamente pela doença.

Tecnologia é aliada no tratamento para a diabetes

No passado levava muito tempo para descobrir a doença e iniciar o tratamento. Com isso acabava perdendo tempo e o problema se agravava. As seringas utilizadas para colocar a insulina também eram mais grossas e causavam fortes dores aos diabéticos, agora estão cada vez mais finas. Também foram desenvolvidos novos produtos, que diminuíam a necessidade de colocar tanta insulina por dia. O aparelho que mede a taxa de açúcar na corrente sanguínea também é fundamental para o tratamento.

Mitos sobre a diabetes

Algumas pessoas acham que a diabetes pode ser passada de uma pessoa para outra, mas isso não acontece. Não existem estudos científicos que comprovem os benefícios da canela para o tratamento. O diabético não pode comer mel, açúcar mascavo, ou caldo de cana. A insulina não proporciona nenhum vício. Mesmo sem ingerir carboidratos é preciso utilizar a insulina. Bebidas alcoólicas devem ser consumidas com moderação e indicação médica.



quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Segurança e Prevenção de Acidentes com Idosos

Cuide-se quando jovem para garantir uma boa saúde na terceira idade.

Hábitos saudáveis de vida na infância e na juventude são fundamentais para garantir uma boa saúde depois dos 60 anos. Praticar exercícios físicos, dormir bem, adotar uma dieta balanceada e manter o peso ideal são os principais fatores que contribuem para uma melhor qualidade de vida na maturidade.


Uma alimentação rica em cálcio, por exemplo, irá garantir ossos fortes e menor risco de desenvolver a osteoporose, que segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, atinge 1 a cada 3 mulheres e 1 a cada 5 homens, sendo a principal responsável pelas fraturas em pessoas com mais de 65 anos. Tomar sol também é fundamental para a produção da vitamina D, que junto com o cálcio fortalece os ossos.


Mas, infelizmente, não são todas as pessoas que têm essa consciência. A maioria chega à terceira idade com diversos problemas de saúde. O processo natural do envelhecimento afeta a visão, a audição, o apetite, o sono, o equilíbrio, enfraquece a musculatura e os ossos. Isso aumenta muito o risco de quedas e acidentes domésticos, considerados hoje um verdadeiro problema de saúde pública, principalmente com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, que hoje é de 73 anos, em média, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Porque os idosos caem

O envelhecimento causa uma série de modificações no corpo, principalmente no sistema musculoesquelético. A coluna vertebral começa a se curvar, o que afeta o equilíbrio, também prejudicado quando há perda da audição ou da visão. A musculatura das pernas perde a firmeza e a flexibilidade, dificultando a mobilidade.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, 1 a cada 4 idosos sofre quedas dentro de casa, pelo menos uma vez por ano. Em 34% dos casos, há algum tipo de fratura. E o pior é que a recuperação depois dos 60 anos é mais lenta, requer mais cuidados e, em muitos casos, piora a saúde do idoso. Um exemplo são os quadros de pneumonia, que ocorrem quando o idoso precisa permanecer na cama, imobilizado, deitado de costas, durante muito tempo para se recuperar de uma fratura no fêmur.

Casa Segura para Idosos

Dormitório
Cama: O colchão deve ser adequado para o peso e para a altura do idoso, podendo ser de molas ou de espuma. O importante é que tenha uma altura entre 55 e 65 centímetros, que facilite sentar-se e levantar-se com segurança.

Armário: O local deve ser bem iluminado para ajudar na localização dos objetos. Além disso, as portas devem ser fáceis de abrir e o móvel deve ser acessível, ou seja, não deve ter que obrigar o idoso a subir em escadas ou cadeiras para alcançar roupas e outros utensílios.

Mesa de cabeceira: é um móvel importante, que deve ter um abajur e um telefone com os números de emergência. Se o idoso precisa ingerir água durante a noite, o ideal é colocar uma garrafa e um copo de plástico, para evitar acidentes.

Outro item importante no quarto é uma cadeira ou uma poltrona, para calçar os sapatos, fazer uma leitura, etc. Não coloque nenhum tipo de tapete, exceto aqueles que são antiderrapantes. Também não deixe fios soltos ou qualquer outro objeto que possa obstruir o caminho ou causar acidentes.

Banheiro
O banheiro é um dos cômodos mais perigosos quando o assunto é queda de idosos dentro de casa. O ideal é colocar um piso antiderrapante, tanto no boxe quanto na área externa. Outro ponto fundamental é a instalação de corrimões ou barras de apoio no chuveiro e no vaso sanitário, para facilitar os movimentos de sentar, levantar e sair do banho. Se optar pela colocação de tapetes, sempre devem ser os do tipo antiderrapante. Em alguns casos, é recomendável colocar uma cadeira de plástico com pés de borracha antiderrapante dentro do chuveiro para que o idoso tome banho sentado. O vaso sanitário deve estar bem preso ao chão, com um assento confortável. Lembre-se: o box de vidro pode representar um perigo em uma queda durante o banho. O ideal é colocar um de plástico ou de outro material que evite cortes ou outros traumas em caso de acidente.

Cozinha
Considerada também um dos lugares mais perigosos, deve ser especialmente projetada para garantir a segurança do idoso. A regra do tapete é a mesma, se colocar, opte pelos antiderrapantes. A bancada da pia e o fogão devem ter uma altura aproximada de 80 a 90 centímetros, para proporcionar mais conforto ao idoso. Já em relação ao gás de cozinha, é importante colocar um adesivo na parede ou um aviso para desligar o gás na válvula sempre que não estiver utilizando. Os armários devem ser baixos para evitar o uso de cadeiras ou escadas pelos idosos, o que representa um verdadeiro perigo e provoca muitos acidentes.

Sala
A regra básica dos tapetes: retire-os ou coloque aqueles antiderrapantes. Outra dica é: quanto menos móveis e objetos, melhor. Os sofás devem ser confortáveis, com uma altura de 55 a 65 centímetros. Estantes devem estar muito bem presas às paredes, para não correr o risco de caírem sobre os idosos. O controle remoto evita o ato de levantar e sentar e com isso diminui a chance de queda. Fios nunca devem ficar soltos. Na sala de jantar, a mesa deve ter o tamanho de acordo com a altura do idoso e pontas arredondadas. Evite mesas que tenham a tampa solta ou de vidro.  Prefira as cadeiras sem braço, que facilitam a acessibilidade.


Escadas
Se a casa possuir escadas, é importante instalar corrimão dos dois lados da parede, prover uma boa iluminação, além de colocar fita adesiva colorida e antiderrapante nos degraus ou, principalmente, no primeiro e no último degraus.

Corredor
É vital deixar os corredores sempre bem iluminados, livre de objetos, tapetes, fios, etc.

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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Contato com a tecnologia na terceira idade estimula o cérebro e combate a depressão


Conversar com os amigos em um grupo do Whatsapp, fazer uma chamada de vídeo com aquele parente que mora longe e pagar contas pelo aplicativo do banco no celular: se você acha que tudo isso é coisa de gente jovem, está na hora de rever os seus conceitos. De acordo com Maisa Kairalla, médica geriatra e presidente da SBGG-SP (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de São Paulo), a inclusão digital na terceira idade, mais que necessária, é positiva para a saúde da população com mais de 60 anos.

— O acesso aos dispositivos digitais estimula o cérebro e, nesse sentido, os ganhos cognitivos são vários. Há pesquisas que mostram benefícios para aspectos como memória e até depressão, que nós observamos muito no consultório. Na internet, o idoso interage e socializa mais. Isso faz bem para o comportamento dele, já que ele fica mais ativo e se integra à realidade de hoje, em que boa parte da rotina envolve tecnologia.

No Brasil, cada vez aumenta o número de pessoas acima de 50 anos envolvidas com as novas tecnologias. Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2016, 14,9% da população idosa brasileira utiliza a internet — dez anos atrás, os usuários eram apenas 7,3%. O número de idosos dessa faixa etária que utiliza o celular também aumentou bastante: pulou de 16,8% em 2005 para 55,6% nos dias de hoje.

Camilla Vilela, gerontóloga da Cora Residencial Senior — instituição de longa permanência para idosos da capital paulista —, concorda que os dispositivos trouxeram autonomia para os idosos que, muitas vezes, não gostam de ter que pedir ajuda para realizar tarefas do dia a dia. Os benefícios, segundo a profissional, se estendem para as capacidades motoras e visuais de quem tem mais de 60 anos.

— Só o fato de aprender algo novo, independentemente de ser no computador ou celular, já é um estímulo cognitivo para eles. Fora isso, a interação com os dispositivos tecnológicos acaba trabalhando estimulação motora, percepção visual, memória, atenção e processamento de informações.

Para o aposentado Geraldo Rocco, de 80 anos, o contato com a tecnologia garantiu a independência de poder pagar as próprias contas sem sair de casa —  o deslocamento seria complicado, já que Rocco se locomove por cadeira de rodas. Ele conta que começou a transição do mundo analógico para o digital há pouco mais de 25 anos, quando os calhamaços do departamento de compras da multinacional onde trabalhava foram substituídos por computadores. Aos poucos, a rotina de interação com os aparelhos foi incorporada à vida pessoal.

— Hoje, eu faço qualquer transação pelo site do banco. A vida ficou muito mais fácil. Meu celular, por enquanto, não é smartphone, mas eu pretendo trocá-lo em breve para falar com meus filhos pelo Whatsapp.

Qualidade de vida e combate à solidão

As novas possibilidades de interação com amigos e familiares, aliás, representam um dos grandes impactos positivos que o contato com tablets, smartphones e computadores podem trazer para os idosos. Isso porque na terceira idade as tendências ao isolamento aumentam, segundo a psicóloga Blenda de Oliveira, da SBP-SP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo).

— Esse isolamento acontece depois dos 60 anos por vários motivos. Às vezes por limitação física, por abandono da família ou porque os parentes e amigos moram longe. O problema é que essa solidão, muitas vezes, faz com que eles percam as trocas com o mundo e até leva a doenças como depressão. O bom da tecnologia é que ela funciona como uma ferramenta eficiente de interação.

O aposentado Julio Miskolci, de 81 anos, por exemplo, faz chamadas de vídeo todos os dias para conversar com o filho, que mora no Catar. É um ritual quase religioso: às 13h em ponto, ele liga o tablet e aguarda a ligação. Também acessa o e-mail para ver fotos de parentes e bate papo com os netos. "Comecei a mexer há alguns anos. Meu filho deu algumas dicas e eu fui seguindo", conta.

A psicóloga da SBP-SP ressalta que os idosos que cultivam o contato com outras pessoas — na internet e fora dela — têm uma qualidade de vida muito maior, com mais alegria e menos queixas do ponto de vista psicológico. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 11,1% da população brasileira com mais 60 anos se declara depressiva. As profissionais entrevistadas pelo R7 completam que a busca pela qualidade de vida é importante especialmente no caso desses indivíduos que sofrem de depressão e outras doenças crônicas — que não têm cura —, como diabetes, hipertensão, Alzheimer e mal de Parkinson.

O que não pode acontecer, de acordo com Blenda, é o exagero: “É sempre bom observar a forma como essas tecnologias são utilizadas. Elas não devem substituir o contato presencial com as pessoas e a atividade física, por exemplo. Caso contrário, a tecnologia pode levar a um outro tipo de isolamento, igualmente preocupante”, completa.

Fonte: R7

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Debate discute a TV e a terceira idade

No programa Ver TV, o Portal Terceira Idade mostrou sua opinião sobre a relação da “moçada” com a televisão e a ausência de programação para este público.

Desde a invenção da televisão, em 1923, essa “caixa mágica” tem participado do cotidiano de milhões de pessoas em todo o mundo – a primeira transmissão de TV no Brasil aconteceu em 1948. De lá para cá, milhares de programas, filmes e telenovelas já exibiram conteúdo para todos os segmentos de público: adultos, crianças, homens, mulheres... Mas e a 3ª idade? Será que a programação atende essa faixa etária? E por que ela ainda é retratada de forma caricata na TV?



A terceira idade e a TV

O Portal Terceira Idade foi convidado a participar de um debate no Programa Ver TV, da TV Brasil, sobre como a televisão trata essa parcela de brasileiros cada vez maior e como eles se relacionam com esse meio de comunicação.

Participaram do debate, mediado pelo sociólogo e jornalista Lalo Leal, a pedagoga, jornalista e coordenadora geral do Portal, Tony Bernstein, Reginaldo Moreira, professor de comunicação da Universidade Estadual de Londrina, e Angélica Reis Marcondes, roteirista da série ‘É a vovozinha!’, exibida na TV Brasil.

Segundo Reginaldo, “os idosos geralmente vêm com o estereótipo de problema com relação à aposentadoria, doenças, etc.. E sempre em contrapartida com o que é jovem, o que é belo, o que é produtivo, o que é rico”.

Para Angélica Reis, “tudo tem que ser jovem, isso é uma coisa que a TV compra há muitos anos e que ainda persiste, o que é bastante irritante, e que já é um discurso velho. A velhice precisa sair do armário e as rugas precisam aparecer”.

“O ser ‘mais velho’ não é nada diferente. O envelhecimento é um tabu que ainda não foi quebrado, porque a pessoa que está mais velha simplesmente somos nós amanhã. O Brasil ainda marginaliza muito e faz o idoso parecer que é um tonto, que ele é um doente, que ele é um ET”, comentou Tony.

Vídeo/fotos: TV Brasil – EBC / divulgação