quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Como escolher a melhor cadeira de banho

A queda é o acidente doméstico mais frequente e perigoso para os idosos. Com o avançar da idade, as estruturas óssea e muscular, bem como as articulações, ficam debilitadas e levam muito mais tempo para se recuperarem.

Além de garantir mais conforto, as cadeiras e banquetas na hora do banho também ajudam na segurança do idoso e facilitam o trabalho do cuidador/familiar. 

 Com tantos modelos e tamanhos que há no mercado, escolher qual é o ideal não é uma tarefa fácil, por isso listamos abaixo os modelos e características que irão facilitar a sua escolha:

Cadeira para Higienização (Prestige)


Com um preço acessível e sua abertura frontal que facilita a 
higienização intima, este modelo da Prestige é uma ótima opção. Seu assento almofado e antiderrapante garante maior conforto e segurança na hora do banho. Conta também com encosto em polietileno de alta densidade, ponteira antiderrapante, confeccionada em alumínio e regulagem de altura em 7 posições.
Capacidade de Peso: 110kgs - Mais informações


Cadeira para Higienização NEW Inspire – Mobil


Recipiente coletor, freio nas rodas traseiras e o fato de ser totalmente dobrável, o que é ideal para ambientes menores, fazem da cadeira de higienização New Inspire uma das melhores opções do mercado. Além de contar com dispositivo antiderrapante nas rodas, ser confeccionada em alumínio e ter assento e tampa em polietileno de alta densidade.

Capacidade de Peso: 90kgs - Mais informações 


Banqueta para Banho com Encosto Bariátrica - Mobil

Uma ótima opção pela capacidade de peso e qualidade Mobil. Ainda conta com assento e ponteira antiderrapante, confecção em alumínio, regulagem de altura e encosto e assento em polietileno de alta densidade.

Capacidade de Peso: 220kgs - Mais informações


Para mais informações, modelos e preços, visite o nosso site: www.mundogeriatrico.com.br



quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Feliz Dia da Melhor Idade

O Dia Internacional do Idoso é comemorado anualmente a 1 de outubro. Este dia foi instituído em 1991 pela (ONU) Organização das Nações Unidas e tem como objetivo sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Só 30% do envelhecimento é genético; 70% são hábitos de vida

O corpo se desgasta por dois motivos, um deles é genético. O outro são os fatores externos como estresse, álcool, tabaco e sol. 

 

“Me diga como você anda e eu te digo quanto tempo você vai viver”.

Você sabia que o jeito que a gente caminha está relacionado com um dos sinais de vitalidade? O Bem Estar desta sexta-feira (18) fala sobre o assunto e a diretora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Maisa Kairalla, explica quais são os outros.

Só 30% do envelhecimento tem a ver com a genética, os outros 70% estão relacionados com os nossos hábitos de vida. O médico do esporte Gustavo Magliocca dá as dicas. 

O envelhecimento e a marcha
 A velocidade da marcha é um dos cinco sinais para avaliar a condição do idoso no futuro. Os outros sinais são: a frequência do pulso, a frequência respiratória, a temperatura e a pressão arterial. O envelhecimento é caracterizado por um declínio do organismo, que pode ocasionar redução de força, perda de mobilidade articular e sensoriais, que prejudicam a capacidade coordenativa. Estas situações aliadas ao sedentarismo, geralmente diminuem a mobilidade geral com alteração no equilíbrio e na marcha.

O processo de envelhecimento está associado a modificações no padrão da marcha e no equilíbrio e a diminuição dela tem relação com a diminuição da expectativa de vida.

O envelhecimento começa aos 28 anos. O corpo se desgasta por dois motivos, um deles é a limitação biológica e genética, o outro são os fatores externos como o estresse, o álcool, o tabaco e o sol. Apenas 30% do envelhecimento é genético, os outros 70% são os hábitos de vida.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A tecnologia pode curar doenças, mas, prevenir, cabe a nós.

Desenvolvido pelo Hospital A.C.Carmargo, o livro de receitas “Oficina de Culinária” mostra que é possível prevenir doenças com uma alimentação saudável. São mais de 240 sugestões elaboradas pelo Serviço de Nutrição e Dietética da instituição.



Você já parou para pensar quantos livros e sites de receitas existem hoje em dia? Como curiosidade, pesquisei a palavra “receitas” no Google antes de começar a redigir este artigo. O site de buscas encontrou... acredite... meros 117 milhões de resultados – quando a busca foi realizada em inglês, foram encontrados 903 milhões de sites.

Oficina de culinária saudável

Mas, se você está buscando por receitas que fazem bem à saúde – e ainda possam ajudar a prevenir doenças, o livro de receitas “Oficina de Culinária” pode satisfazer a sua busca.

Desenvolvido pelo Hospital A.C.Carmargo, em São Paulo, “Oficina de Culinária” traz receitas especiais para prevenir o câncer, controle de diabetes, hipertensão, intolerância ao glúten e à lactose, entre outros.

Por meio da união dos preceitos nutricionais e das técnicas gastronômicas, o Serviço de Nutrição e Dietética do A.C.Camargo Cancer Center busca conscientizar, de forma criativa, sobre a importância da alimentação para a saúde das pessoas.

O livro, com mais de 240 receitas apresentadas em suas 307 páginas, tem por objetivo resgatar o prazer da alimentação e proporcionar a cada participante uma experiência diferente ao tocar, sentir o aroma e degustar receitas elaboradas.

As receitas dispostas nesse livro dão dicas de como aproveitar o máximo de cada alimento.

Baixe o livro gratuitamente:

Para baixar o livro “Oficina de Culinária” em seu computador gratuitamente, clique aqui, e bom apetite!

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Financiado pelo Google, protótipo evita queda de idosos

Quedas em idosos são consideradas um problema de saúde pública devido à gravidade das lesões que podem gerar.

 

Uma pesquisa feita em parceria entre o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP) e o Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) levará ao desenvolvimento de um produto para auxiliar idosos a evitar quedas.

O projeto foi premiado no fim de agosto com uma bolsa de estudos financiada pelo Google, com duração de um ano. Quedas em idosos são consideradas um problema de saúde pública devido à gravidade das lesões que podem gerar.

Há vários métodos para auxiliar cuidadores e médicos a prevenir esses acontecimentos, mas eles costumam limitar a liberdade dos idosos.

O novo projeto tenta resolver essa questão de outra perspectiva. Com a utilização de um acelerômetro – pequeno aparelho que mede a alteração de velocidade durante um percurso –, a pesquisa pretende detectar tendências que podem levar idosos saudáveis a quedas em um futuro próximo. Como o acelerômetro é pequeno, pode ser convertido em um produto dedicado para esse fim, como uma pulseira.

A pesquisa foi realizada pela aluna de mestrado de Gerontologia da UFSCar Patrícia Bet, com orientação do professor Moacir Ponti, do ICMC, e também conta com o apoio da professora Paula Costa Castro, da UFSCar.

O trabalho de Bet é uma extensão de sua iniciação científica com Bolsa da FAPESP.
Segundo o ICMC, um dos diferenciais da pesquisa em relação a soluções comerciais existentes é que essas detectam a queda depois que ela aconteceu, ou no momento em que ela acontece. No novo modelo, consegue-se identificar se a pessoa tem um histórico de quedas recente, o que pode permitir detectar se a pessoa cairá no futuro.
O projeto da USP e da UFSCar realizou diversos testes e estabeleceu uma amostra de 74 idosos sem histórico de quedas nos últimos seis meses.

A avaliação consistiu em um questionário sociodemográfico e outro de rastreio cognitivo, que analisa diversos domínios: atenção, memória, orientação, capacidade de nomeação, de obediência a um comando verbal/escrito, de redação livre de uma sentença e de cópia de um desenho complexo.

Com a etapa de teste concluída, os pesquisadores precisam de tempo para acompanhar os voluntários e analisar os resultados. “Vamos ligar de três em três meses para saber se os idosos caíram e, no final, vamos saber quem caiu em cada período desse tempo. Supondo que uma parte dos participantes venha a cair, nós vamos comparar os dados deles com os dos que não caíram”, disse Ponti.

O resultado final, segundo os pesquisadores, deverá estabelecer padrões de alerta, para que cuidadores e médicos tomem as medidas necessárias que evitem uma queda.
A próxima meta do projeto é desenvolver um produto que colete os dados a todo o tempo e possa ser utilizado no dia a dia, por qualquer idoso.

 

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Documentário sobre amor na terceira idade será lançado em Juiz de Fora

O documentário Sempre Amor, da diretora Mariana Musse Ferraz, será lançado nesta sexta-feira, 10 de agosto, no Museu de Arte Murilo Mendes - Rua Benjamin Constant, 79, Centro, às 20h.

O primeiro longa-metragem da juiz-forana vai trata o amor sob o ponto de vista da terceira idade, porém, não em uma perspectiva de apagamento social, mas sim trazendo de volta desejos e sonhos que não envelhecem.



Segundo Mariana, o objetivo foi valorizar as histórias, lembranças e dar importância a elas: “Foi uma vontade de lançar um olhar para pessoas que estão em uma idade avançada, que já têm uma trajetória de vida, e, por isso, já teriam vivenciado, ou não, histórias de amor. E também, escolher pessoas que têm pouco lugar de fala”.

Além disso, ao mesmo tempo em que desconstrói o amor romântico, o documentário pretende despertar no público, ainda mais, esse sentimento, ao mostrar histórias como a de Ruth, que mora em um abrigo de idosos, inconformada por viver até hoje um amor platônico; a de Olga, que se absteve de tudo isso com convicção; e a de “Zekinha”, quase 100 anos, que não desistiu de amar após ficar viúva. Depois de mais de 60 anos sem ver seu primeiro namorado, com quem rompeu um noivado, eles se reencontraram e conversam ao telefone todos os dias.

A produção foi viabilizada por meio da Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Em 2060, o Brasil terá 173 pessoas com mais de 65 anos para cada 100 crianças de até 14 anos.

Os dados fazem parte do estudo ‘Projeção de População’ do IBGE, divulgado no último dia 25 de julho. O estudo indica, também, que as mulheres continuarão vivendo mais do que os homens.partir de 2039, o Brasil terá, em média, mais pessoas com 65 anos ou mais do que crianças de até 14 anos. Os dados fazem parte do estudo ‘Projeção de População’ do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado no último dia 25 de julho.




Inversão

Hoje, segundo o estudo, o Brasil tem 43,2 pessoas com 65 anos ou mais para cada cem crianças de até 14 anos. Daqui a 21 anos, em 2040, no panorama nacional, teríamos mais de 100, ou seja, um idoso para cada criança brasileira, chegando a 173 para cada 100 crianças ao fim de 2060.

O primeiro estado a atingir essa inversão será o Rio Grande do Sul, 101 idosos para cada cem crianças de até 14 anos já em 2029. Rio de Janeiro e Minas Gerais devem atingir o mesmo patamar em 2033 e, sete anos depois, ficariam com os índices de 126,7 e 130,2, respectivamente.

Os demais estados só alcançariam a marca após 2040. Na projeção feita para 2060, segundo o IBGE, apenas Amazonas e Roraima ainda terão mais crianças de até 14 anos do que idosos.

Em 2047, a população total diminui

O país tem, hoje, 208.494.900 milhões de habitantes, número que deve crescer até 2047, quando deverá chegar a 233,2 milhões de pessoas.

De acordo com o estudo, em 2060, a população começará a cair de forma gradual, até os 228,3 milhões. Daqui a 42 anos, um quarto dos brasileiros (25,5%) deverá ter mais de 65 anos – atualmente, os idosos representam pouco mais de 9% da população.

Em 2060, o país teria 67,2% de cidadãos considerados dependentes (acima dos 65 ou abaixo dos 15 anos) para cada cem pessoas em idade de trabalhar. A razão de dependência hoje é de 44%.

Mulheres continuarão vivendo mais do que os homens

Enquanto no país a expectativa de vida atual é de 76,2 anos na média entre homens e mulheres e poderá chegar a 81 anos em 2060, Santa Catarina, que hoje tem a maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos (79,7 anos), deverá manter a liderança, chegando aos 84,5 anos em 2060.

No outro extremo, o Maranhão (71,1 anos) tem a menor esperança de vida ao nascer em 2018, condição que deverá ser ocupada pelo Piauí em 2060 (77 anos).

O estudo indica que as mulheres continuarão vivendo mais do que os homens. O indicador feminino, atualmente em 79,8 anos, chegaria a 84,2 anos. Já para os homens, o número passaria de 72,7, em 2018, para 77,9, em 2060.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Terceira Idade ganha milhares de vagas gratuitas em cursos na USP

Além de oferecer 4,3 mil vagas em atividades regulares, o programa USP Aberta à Terceira Idade traz exposição fotográfica e recria jornal produzido por idosos.


A USP abre inscrições para as atividades do segundo semestre de 2018 do programa USP Aberta à Terceira Idade (UATI). Em sua 49ª edição, a iniciativa gratuita, realizada na capital e nos campi do interior, disponibiliza 4279 vagas, divididas entre disciplinas regulares, oferecidas nos cursos de graduação da USP, e atividades complementares, que englobam cursos, palestras, excursões, práticas esportivas e didático-culturais. Os interessados não precisam ter vínculo com a universidade e devem ter mais de 60 anos.

Propriedade Intelectual e Acesso à Informação, Biomecânica Aplicada, Comunicação Organizacional, Coaching de Bem Estar e Saúde, Jornalismo Esportivo, Arte da Crônica e do Conto, Circuitos Elétricos e Produção Audiovisual em Comunicação Digital estão entre os 340 cursos disponíveis, que são ministrados nos campi da USP em Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e São Paulo. Algumas disciplinas exigem pré-requisito, mas para a maioria nada é exigido.

Atividades esportivas exclusivas para idosos também têm vagas em programas como Dança Circular, Ginástica Adaptada, Musculação, Pilates e Treinamento Funcional.  Além disso serão oferecidas atividades culturais com especialistas de diversas áreas, como Empreendedorismo e Franquias, Práticas com Tablets e Celulares, Artesanato, Atividades práticas de Conservação e Restauração no Museu Paulista e aulas de viola, violão, piano, guitarra, canto e teoria musical.

Ao mesmo tempo em que disponibiliza vagas aos idosos e proporciona um intercâmbio geracional com os alunos da USP, o programa se posiciona como um polo de discussão sobre o tema do envelhecimento, com atividades e parcerias que vão além das disciplinas abertas especificamente a esse público.

“Esperamos neste semestre expandir ainda mais a nossa inserção na comunidade. E para isso além dos cursos que já fazem parte da programação da USP Aberta à Terceira Idade, faremos atividades culturais na UNIBES, nas quais serão debatidos temas como ageismo (idadismo) - preconceito contra o idoso; violência contra o idoso; demência e cuidados;  e cidades amigas dos idosos.”, relata o médico Egídio Dórea, coordenador do programa.

Além da parceria com a UNIBES Cultural, a UATI firmou acordo com a rede de longevidade Lab 60+ com o intuito de trazer novas experiências para os participantes do programa. A cooperação prevê encontros onde os frequentadores de diferentes gerações poderão trocar ideias sobre novas propostas de trabalho e formação de network.

Este semestre a UATI retoma um antigo projeto desenvolvido pelos idosos durante quase uma década: o Jornal Reproposta. Criado em dezembro de 1997, durante a disciplina Aventura de Fazer Jornal, ministrada pelo professor Manuel Carlos Chaparro, o jornal bimestral com temas voltados para os público sênior foi realizado até julho de 2004 sob a supervisão do docente e posteriormente virou uma revista semestral orientada pela professora Cremilda Medina, ambos do Departamento de Jornalismo da ECA - USP.

Reproposta, que significa uma nova proposta para a vida após atingir a terceira idade, foi descontinuado há mais de uma década e, por sugestão de uma ex-aluna e participante do projeto, Dórea resolveu retomar a iniciativa no formato digital com previsão de lançamento em setembro de 2018.

“No último dia do calouro do idoso fui procurado por uma das antigas participantes da elaboração do jornal com um pedido para retomar o mesmo. Conversamos e conclui que foi e que será um meio muito importante para que os próprios idosos tragam aspectos que eles consideram importantes para eles. É uma forma de se expressarem e serem ouvidos. Montaremos uma equipe de coordenação e as edições serão publicadas a cada 2 meses”, relata o coordenador da UATI.

Além do jornal, a UATI irá realizar este semestre na sede da UNIBES Cultural uma exposição fotográfica produzida pelos alunos e ex-alunos com o tema Memória de São Paulo - Mesmo Espaço, Tempos Diversos. 

Criado pela professora Ecléa Bosi em 1994, o programa, que completou 24 anos de atividades ininterruptas, é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP.


USP Aberta à Terceira Idade

A relação completa de atividades está disponível no site prceu.usp.br/3idade  

Inscrições para disciplinas regulares | De 23 a 27 de julho de 2018 - Vagas limitadas disponíveis por ordem de chegada.

Inscrições para as atividades complementares | Cada unidade define seu calendário de inscrição, por­tanto, é imprescindível observar as informações de cada atividade na consulta ao site.

Todas as atividades são gratuitas e as inscrições são abertas para os interessados acima de 60 anos. 
Contato para dúvidas e informações: (11) 3091-9183, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h, ou pelo e-mail 3idade@usp.br.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Smartphone e Videogame entram na rotina dos residenciais para idosos

Casas têm aulas de computação e jogos virtuais, com objetivo de estimular raciocínio, coordenação motora e aproximar os mais velhos da família.

“Como vai você? Eu preciso saber da sua vida”, cantarola a professora aposentada Ronalda Caleiro, de 90 anos, enquanto assiste a um vídeo do cantor Roberto Carlos no YouTube. Perto dela está a pedagoga aposentada Ney Rennó, de 83 anos, que joga paciência no computador. As duas não se intimidam com telas e cliques: são alunas de uma oficina que ensina os mais velhos a usar smartphones, redes sociais e computadores – tendência cada vez mais presente nos residenciais para idosos. Videogames também entraram no cardápio de atividades desses locais, onde é possível morar ou passar o dia, sob cuidados de profissionais.  

Ronalda já participou de duas aulas desde que começou a viver, há um mês, no Residencial Santa Cruz, no Jardim Marajoara, zona sul paulista. E, embora nunca tenha gostado de tecnologia, está vendo o mundo virtual como uma alternativa para manter o contato com as pessoas que ama.  

“Estava acostumada a lidar com casa, limpar, passar. Meu filho me deu um celular, mas achei muito difícil”, diz Ronalda. Precisa de tempo para aprender. Só tenho meu filho e meu neto e quero falar (com eles).”

A dona de casa Maria Bersot, de 86 anos, achava que não queria aprender a usar aparelhos tecnológicos. Mudou de ideia. “Quem está fora disso, não está no mundo. Em duas aulas, aprendi a telefonar pelo celular. O celular é muito rápido e eu apertava com força. Quando apertava o número um, ele já aparecia três vezes. Agora, já sei tirar foto. Aprendi sozinha.”

Maria usa o aparelho para se comunicar com a filha, que mora em Santos, no litoral paulista, e diz que é incentivada por ela a fazer aulas de computação. “Eu pensava que a tecnologia fosse difícil, mas não é”, diz. 

A também dona de casa Maria Terezinha Ledo, de 86 anos, já tinha um pouco de conhecimento tecnológico, mas passou a interagir mais nas redes sociais após as aulas. “Tem coisas no Facebook que não sei muito. O resto vou enfrentando. Uso o WhatsApp todo dia e adoro foto.” O YouTube também caiu no gosto dela. “Escuto minhas músicas antigas: Orlando Silva, Nelson Gonçalves. Quase não vejo mais televisão”, conta. 

Novidade 

Gerente de Tecnologia da Informação do residencial, Alexandre Nadalutti explica que a oficina “Conectados” começou há cerca de dez meses para aproximar os idosos das tecnologias, mas sempre atendendo às suas demandas. “Essa aula ocorre uma vez por semana para que possam perder o medo e ver o que podem ganhar com o computador. Nossa abordagem é para ver o que gostam, como músicas, jogar cartas.”

Segundo ele, os benefícios vão além dos novos conhecimentos. “Estimulamos a coordenação motora, e um dos pontos mais legais é a interação com a família. Fazemos tour mostrando cidades com o Google Street View, eles conversam pelo Skype. As aulas ampliam os horizontes deles por meio da tecnologia”, diz. 

A saudade da casa onde morava em Ubatuba, no litoral norte paulista, acaba quando Ney está na frente do computador. “Vejo a minha casa. Fechada, com a cortina aberta. Gosto de ver minha casa, minha cidade. Eu me sinto muito perto de lá.”

A aposentada conta que ganhou três computadores do filho, mas nunca se interessou. Agora, quer dar uma chance ao equipamento. “Quero aprender a me comunicar com minha família. Meus netos mandam fotografias em campeonatos de surfe. O que tem 9 anos ganhou. Não sei mexer no celular, mas, de vez em quando, eu vejo.”

Para a dona de casa Nair Olivieri, de 91 anos, a melhor parte é ouvir músicas italianas. Na aula, até cantou vendo um show de Andrea Bocelli. “Esse nem é um dos shows mais bonitos. Tem uns que eu choro. Com a minha idade, tem de ser coisa que bate no coração.” 

Jogos

O videogame também está sendo usado em outros residenciais. Começou com testes no Recanto São Camilo, em Cotia, Grande São Paulo. E, no ano passado, passou a integrar a programação semanal. “Usamos um jogo de esportes, que tem futebol, tênis, boliche, escalada. Antigamente, utilizávamos os esportes convencionais e, agora, estamos com o Xbox. Trouxemos essa opção para que eles possam acompanhar as tecnologias”, diz a terapeuta ocupacional Juliana Firme, especialista em gerontologia.

Na atividade, são estimulados o raciocínio, a atenção, o equilíbrio, respeitando as limitações dos idosos. “Temos atividades manuais e buscamos na internet inspirações para que possam desenhar. Tem idosos que utilizam o celular e trazem o desejo de partilhar a rotina com os familiares”, conta.  



Unidades têm Wi-Fi e até jogo de boliche virtual 

Além do contato com smartphones durante as oficinais de tecnologia, os moradores dos residenciais para idosos usam aparelhos dados pelos parentes. Por isso, a rede interna de Wi-Fi se tornou uma necessidade. 

Dos 370 residentes nas seis unidades do Cora Residencial Sênior, pelo menos 30 usam algum tipo de tecnologia. As aulas de informática e de smartphone estão começando a atrair adeptos. O Cora tem atividades do tipo em suas seis unidades na capital, em bairros como Jardins e Higienópolis, na região central de São Paulo. 

“É uma forma de entretenimento. Eles buscam ver notícias, procuram receitas e mensagens, mas têm uma diferença em relação aos jovens, porque olham como algo que vai ajudar, não como alguma coisa que vai ter de usar o tempo todo”, explica Camilla Vilela, gerontóloga do residencial.

O videogame também foi incluído nas atividades e, há um ano, eles foram apresentados ao jogo de boliche virtual. “Nós usamos esse jogo porque foi uma atividade que fizeram de forma analógica. Eles relembram histórias e trazem conteúdo da vida deles. Quando começamos a atividade, não conseguiam entender como era possível o movimento do corpo ser reproduzido na televisão. Agora, estão bem animados”, afirma Camilla.

Na rede pública, também há oficinas do tipo para os mais velhos. O Centro de Referência do Idoso da zona norte, em Santana, vai abrir do dia 10 ao dia 24 inscrições para o curso gratuito de informática, que aborda o nível básico de computação e internet. O espaço também oferece aulas esporádicas de uso de smartphone. 

Benefícios

Professor associado do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Cícero Galli Coimbra explica que o benefício de novos aprendizados em qualquer etapa da vida já foi provado em estudos científicos. “Quando a pessoa está aberta a aprender coisas novas, mantém a produção de neurônios novos. Os idosos não devem se sentir inibidos”, destaca. 

De acordo com o especialista, a interação com outras pessoas também contribui para a longevidade. “Quanto mais interação social com familiares, amigos e conhecidos, mais preservação o idoso vai ter da capacidade cognitiva. Falar e ouvir a voz é uma maneira de escapar do isolamento”, diz. 


QUATRO PERGUNTAS PARA: Marina Vasconcellos, terapeuta de família da Unifesp

1. Qual a importância de idosos terem contato com tecnologias?
 Além de desenvolver o cérebro – porque estímulos diferentes ajudam a não desenvolver doenças degenerativas – há contato com a nova geração. Quem não tem família se aproxima do mundo, vê palestras e lugares. 

2. Essas atividades também são lúdicas. Isso faz diferença?
O lúdico é sempre bem-vindo em qualquer idade. Quando se aprende de modo divertido, aprende-se mais, porque o cérebro tem a memória afetiva. Se a pessoa não faz nada físico, é uma forma de se exercitar sem achar que está fazendo exercício. 

3. Alguns usam para ouvir músicas da juventude e ver locais do passado. Qual o efeito disso?
 Tudo que traz boas emoções é bom para a felicidade. Ajuda na memória, que deve ser estimulada para ser mantida. 

4. Como parentes podem ajudar com a tecnologia?
Buscar algo não tão difícil de aprender e um modo legal de ensinar – um jogo que se aproxime do mundo do idoso. E é importante saber que nem todos vão querer isso.

Fonte: Estadão

terça-feira, 3 de julho de 2018

Queda em idosos é uma das grandes preocupações do Ministério da Saúde

Um estudo divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde do Brasil, aponta que 30,1% dos idosos brasileiros têm alguma dificuldade para realizar atividades corriqueiras. Sendo o país com a quinta população idosa no mundo, a pasta se preocupa, principalmente, com as quedas de idosos, o bem-estar social e o psicológico. Este estudo faz parte do levantamento para assegurar que a Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável, lançada pelo Governo Federal, funcione para orientar profissionais de saúde e gestores a aumentar a qualidade de vida destas pessoas. Em 2030, esta faixa etária deve representar cerca de 20% da população nacional.



O estudo aponta ainda que, dos 29,3 milhões de pessoas idosas, 17,3% têm muita dificuldade para se deslocar, arrumar a casa, cuidar de si mesmo, preparar alimentos, entre outros. Outros 6,8% têm extrema dificuldade para vestir-se ou mesmo alimentar-se sem a ajuda de alguém. 

Outros problemas relatados 

Algumas doenças também despertaram a atenção dos realizadores do estudo, dos ouvidos com idade entre 60 e 69 anos: 57,1% sofre de hipertensão, 63,5% com obesidade e ainda 25,1% com diabetes. A iniciativa do Governo Federal, com a implementação da Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável é também a de implementar um atendimento multidimensional, sem tratar apenas da doença e sim cuidar da prevenção e melhor qualidade de vida.

O novo modelo, instalado pelas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) vai priorizar as avaliações funcionais e ainda os problemas psicossociais, além dos dados clínicos. 

Quedas em idosos afetam 30%, segundo IBGE 

Um outro estudo, apresentado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), aponta que problemas por quedas em idosos afetam 30% da população. Além dos cuidados normais, como a extinção de tapetes, pisos escorregadios e até a instalação de barras de proteção, o interesse do Ministério da Saúde é se preocupar com a prevenção destas quedas, para que esse número diminua.

Por isso, prestar atenção dobrada no ambiente que este idoso vive, bem como adotar iniciativas - como por exemplo: andadores, barras de apoio, suportes para o dormitório, banquetas e cadeiras para banho com alças laterais e etc...

Confira no site do Mundo Geriátrico, estes e outros produtos que auxiliam na prevenção de Quedas e Acidentes:

Link 1: https://www.mundogeriatrico.com.br/banhobanheiro/

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Pesquisa confirma: A terceira idade está mais jovem!

A pesquisa “A 3ª idade está mais jovem”, realizada pela Quorum Brasil, apresenta dados sobre o dia a dia dos idosos. O levantamento foi feito com 500 pessoas em São Paulo, de 60 a 80 anos, no mês de abril de 2018. Ressaltando a maneira como vive a terceira idade.


Os dados indicam que a maioria é independente na hora de fazer suas compras: 63% dos entrevistados responderam que fazem suas compras sozinhos. O supermercado foi o primeiro escolhido na pesquisa como o local para fazer as compras (93%), seguido por feiras, mercadinhos e sacolões. A Internet ficou em quinto lugar.

O levantamento também destaca que a maioria nesta faixa etária não consegue guardar dinheiro: 69%. Dos que conseguem guardar (31%), 33% disseram que fazem algum tipo de investimento e a poupança foi a mais escolhida.

O celular faz parte da rotina dos idosos: 72% declararam ter um smartphone e o usam para fazer e receber ligações; ler e enviar mensagens; tirar fotos; acessar e-mails; etc.

A pesquisa também traz dados sobre mobilidade. 30% disseram que gostam de andar a pé pela cidade (sem ser por atividade física) e a grande maioria acha que as calçadas estão longe do ideal: 78,6% dos entrevistados com 71 a 80 anos consideram as calçadas totalmente inadequadas.

Terceira idade utiliza transporte público

60% usam o transporte público para se locomover e 56% responderam que são pouco respeitados pelos motoristas de ônibus.

A pesquisa perguntou se os entrevistados se achavam idosos. Entre os de 60 a 65 anos, 68% responderam que não. O índice cai para 56% entre aqueles que têm de 66 a 70 anos e para 22% entre os que tem de 71 a 80 anos.

A atividade física está presente no dia a dia da maioria: 53% responderam que praticam exercícios e a caminhada foi a modalidade mais citada, seguida por academia/musculação, natação, corrida, futebol e ciclismo.

A leitura de pesquisas atuais como está só fazem confirmar essa crescente atuação direta das pessoas da terceira idade na sociedade de forma ampla.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Agência inova e lança vaga de estágio para idosos; experiência para o cargo: de vida

Aos 60 anos, muita gente que deu duro na vida já se aposentou e está curtindo o dia-a-dia longe da correria dos negócios. Apesar disso, todo mundo conhece alguém que já passou desta idade e não está nada feliz com o marasmo que muitas vezes ronda a aposentadoria.


Quando isso acontece, algumas pessoas buscam a reinserção no mercado de trabalho sem muito sucesso. Na área da comunicação as coisas podem parecer ainda mais difíceis, já que muitas empresas valorizam mais os novos profissionais do que aqueles que possuem mais experiência.

Uma exceção parece ser a DMV Comunicação, uma agência de publicidade especializada em shoppings centers, que acaba de lançar uma vaga de Estagiário Sênior para quem tiver disponibilidade de compartilhar sua experiência de vida com a empresa. Abaixo você confere a chamada para o posto, que foi divulgado há 2 dias através do LinkedIn.
E aí, conhece alguém que tenha tudo a ver com o cargo?

Enquanto os jovens batalham para desenvolver habilidades e adquirir conhecimento para fazer a diferença no seletivo mercado de trabalho, os aposentados aproveitam sua experiência para continuar na ativa.

Eles continuam no batente, porém não são assalariados, não estão preocupados com direitos trabalhistas. A maioria aproveita para ficar longe do cartão de ponto, o que ainda favorece as empresas, que têm à disposição mão de obra tarimbada por custo menor. E muitos ainda se tornam microempresários para tocar negócios de prestação de serviços.
De 14 milhões de aposentados com mais 60 anos, 25% continuavam trabalhando em 2013, 5% a mais do que em 2009. Os dados são do Instituto Somatório, que também aponta 70% dos ativos atuando como autônomos. Assim, aqueles que já deram baixa na carteira colaboram para o índice da população ativa do País.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  no ano passado a faixa etária que mais cresceu na População Economicamente Ativa (PEA) foi a dos seniores com mais de 50 anos.

E um dado interessante: na classe A, um terço dos aposentados são ativos e nas camadas B, C e D, a participação fica em 30%, 25% e 15%, respectivamente. Ou seja, a pesquisa mostra que muitos não são movidos a continuar profissionalmente ativos devido a problemas financeiros.

Mas a maioria dos aposentados responde por mais da metade da renda familiar. Uma participação que aumenta de acordo com o estrato social. Enquanto na classe A eles respondem por 55% da renda, na classe D o índice chega a 88%.

Enfim, independente da motivação, aqueles que no século passado costumavam se entregar aos cuidados da casa, de filhos e netos, agora, aproveitam o aquecimento do mercado de trabalho para dar continuidade ao que sempre fizeram: trabalhar.

Fonte: http://www.senhorasesenhores.com
Fonte: http://www.hypeness.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Mochileiras depois dos 60: as mulheres que, na terceira idade, foram conhecer o mundo...

A rotina de Iracema Genecco, de 67 anos, foi cansativa durante a juventude. Ela costumava acumular dois ou três empregos no jornalismo para criar a filha única e ainda fazia horas extras, para aumentar a renda. Logo que conseguiu se aposentar, aos 60 anos, viajou para diversas regiões da Europa. Encantada com a chance de conhecer novos lugares, tornou-se mochileira.

A história de Iracema assemelha-se à de Vera Lúcia Andrade, de 69 anos, e Flora Contin, de 65. Elas passaram a juventude revezando entre os cuidados com a família e o trabalho. Depois de conquistarem a aposentadoria, decidiram fazer mochilões - viagens de baixo custo e com pouco ou nenhum luxo.

Nas bagagens - carregadas em mochilas ou malas -, cada uma delas levava roupas, itens de higiene pessoal e o sonho de viagens que haviam adiado por tantas décadas.

"Entre as boas experiências que guardo das viagens, a maior de todas é a descoberta de que devemos viver o momento presente da melhor forma possível, pois não conhecemos o futuro e o passado nunca será recuperado", diz Iracema, que fez seu primeiro mochilão em 2011.

Iracema, Vera e Flora estão em uma faixa etária cada vez mais numerosa no Brasil. Em 1991, a população brasileira acima dos 60 anos contabilizava 10,7 milhões de pessoas. O número mais do que dobrou 25 anos depois. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), os idosos correspondiam a 29,6 milhões de brasileiros em 2016.

E as mulheres são maioria: são 16,6 milhões delas, contra 13 milhões de homens acima de 60 anos.
Uma pesquisa de novembro passado do Ministério do Turismo mostrou que 31,7% dos idosos consultados tinham a intenção de viajar até maio deste ano.

O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, pontua que o aumento da população idosa tem motivado o setor turístico a fazer adequações. "Temos que trabalhar com políticas públicas específicas e sensibilizar os prestadores de serviços turísticos para a necessidade de estarem cada vez mais preparados para atender esse público de acordo com suas especificidades", explica à BBC Brasil.

Para Iracema, muitos idosos temem conhecer novos lugares por acreditarem que seja impossível viajar depois dos 60. "Se a pessoa tem boa saúde, gosta de caminhar bastante e tem forças para levar a mala, o resto é lucro. É importante fazer um check-up antes, com médicos e dentistas, contratar um seguro de viagem pelo período em que permanecer fora e levar medicação necessária. Tomando esses cuidados, fica tudo bem."

Viajante sem rumo certo

Na juventude, Iracema costumava sonhar com as viagens que faria para conhecer o mundo. "Eu pensei nisso a vida inteira, mas só consegui depois de aposentada."

A rotina profissional e os cuidados com a filha não a deixavam ir para muito longe. "Era difícil conciliar os dias de férias para viajar, porque além do dinheiro curto, eu acumulava os empregos. Saía de um trabalho e corria para o outro, diariamente. No horário do lanche, dava uma escapada para espiar minha filha na creche. Nos fins de semana, ainda fazia algum freelancer", lembra.

A filha da jornalista cresceu, se tornou independente e foi para Londres. Há sete anos, Iracema conquistou a aposentadoria e foi visitar a filha. Durante a viagem, aproveitou para ir a outras regiões da Europa. "Depois, não consegui mais ficar sossegada em casa. Mal retornava de uma viagem e já ficava pensando na próxima."

Desde então, ela tem feito diversos mochilões pelo mundo. Há cinco anos, decidiu que não iria ter paradeiro fixo e passou a levar a vida viajando. "Fui aumentando gradativamente os períodos das viagens. Começaram com duração de quatro meses, depois seis meses, passou para um ano e agora não tenho mais volta programada. Gosto de viagens de longa duração. Vou para uma região, me instalo e saio para conhecer as redondezas."

Ela conheceu lugares como a Ilha de Páscoa, o Irã, a Rússia e diversos países da Europa, onde passou meses seguidos. Atualmente, está na Espanha há nove meses. "Não tenho previsão de quando vou sair daqui, quero ficar mais um tempo, para conseguir visto de longa duração", relata a aposentada. "Vou ficando nos lugares. De repente, vejo outro local que gostaria de conhecer e vou."
O idioma nunca foi problema. "Eu consigo dialogar em inglês, italiano e espanhol. Não houve nenhuma dificuldade que o Google Translate não solucionasse", diz.

Para sobreviver nos países, ela utiliza a aposentadoria e também trabalha em troca de hospedagem e alimentação. "Já cuidei de cachorro e de casa, fiz plantações em jardim ou horta e até limpei casas."

Ela conta ainda que aprendeu a readaptar a vida e os costumes após se tornar viajante. "Não compro nada além do necessário. Ando de transporte público ou de carona. Só compro passagens aéreas se estiverem em promoção", diz.

A mochileira revela ter passado por momentos difíceis durante as viagens, como o dia em que perdeu um barco que a levaria a uma cidade onde tinha reservado duas diárias em um hotel. "Eu fiquei sem rumo e sem ter lugar para ficar. Foi a única vez em que sentei na mala e chorei, enquanto via o barco sumindo no horizonte", conta.

Nenhuma dificuldade, porém, desestimulou Iracema de seguir viajando. Solitária durante a maioria das viagens, a idosa teve de aprender a lidar com os próprios temores. "O medo é inevitável, acredito que ele seja o nosso guardião. Ele nos avisa dos momentos potencialmente perigosos."

Na companhia do filho

Vera Lúcia, 69, já havia viajado - fora três vezes aos Estados Unidos, onde vive a filha mais velha -, porém nunca tinha pensado em fazê-lo de um modo mais aventureiro. No ano passado, ao ouvir do filho mais novo, de 22 anos, que ele iria sozinho em um mochilão para a Europa, ela decidiu acompanhá-lo.

"Falei que também queria ir. Eu quis ter essa experiência porque tenho a cabeça bem aberta, gosto muito de ler e de me aventurar", conta Vera.

O filho dela, o analista de marketing Helder Araújo, não acreditou, a princípio, que a mãe fosse acompanhá-lo. "Eu falei que iríamos ficar em quartos compartilhados em hostels, que o orçamento era de baixo custo, que não era todos os dias que teríamos três refeições e que teríamos de usar transporte público. Mesmo com tudo isso, ela respondeu: ótimo", diz.

Quando era mais nova, Vera trabalhava com análises químicas. Casada há 40 anos, ela dividia a vida entre a dedicação à família e ao trabalho. Eram poucas as viagens, somente para visitar familiares, em Goiás. O sonho de conhecer novos lugares no Brasil ou em outros países sempre a acompanhou. "Eu leio muito e acho que a leitura faz com que a gente tenha vontade de conhecer o mundo todo", conta a aposentada.

Ela e o filho viajaram durante 18 dias, de 8 a 16 de abril. Conheceram Roma e Florença, na Itália; Liubliana, na Eslovênia; Zagreb, na Croácia, e Viena, na Áustria. "A gente ia aos pontos turísticos, aos museus e aos lugares altos onde dava para ver a cidade. Não deixei de ir a nenhum lugar. Fomos até em alguns que não eram planejados", orgulha-se.

O desempenho da aposentada surpreendeu o filho, que não esperava que ela conseguisse ir a todos os lugares planejados. "Várias pessoas com minha idade não têm metade do pique dela. Ela foi incrível."
A aposentada conta que outros turistas ficavam surpresos com a presença dela nos hostels. "Eles diziam que era maravilhoso ver uma senhora da minha idade fazendo um mochilão, ficando em quartos compartilhados e tendo que subir em beliches", relata Vera, que se comunicava com os estrangeiros por meio do Google Translate. "Eu pegava o celular e colocava no tradutor, porque meu inglês não é bom", diverte-se.

Para ela, o mochilão foi a melhor viagem que fez em toda a vida. "Foi fantástico. Conheci muitos lugares e pessoas bacanas. Tem muito jovem aventureiro, sem medo de viajar. Isso é incrível." Vera conta que a presença do filho foi fundamental. "Eu não tive medo em nenhum momento, porque me sinto segura com ele. Meu filho fala bem inglês e sabe administrar as viagens que faz, por isso estava tranquila", relata.

'Feliz com meus medos'

A aposentada Flora Contin também queria uma companhia durante a viagem. No entanto, os dois filhos não puderam acompanhá-la. "Eles trabalham e têm a vida deles. Chamei também alguns amigos, mas ninguém podia", comenta. Sozinha, decidiu realizar um sonho que a acompanhava havia anos: conhecer Machu Picchu, no Peru. "Decidi que era a minha hora de viajar."

Os filhos da aposentada, a princípio, tiveram medo da viagem solitária da mãe, então com 64 anos. Depois, acabaram incentivando e a auxiliando nos preparativos.

Para organizar a aventura, ela acessou diversos sites e páginas sobre mochileiros que foram a Machu Picchu. "Depois, começamos a pesquisar sobre hotel, hostel e outras coisas. Comprei minha passagem com antecedência e anotei todas as dicas que via em grupos de viajantes."

Ela embarcou para o Peru em 11 de agosto. A primeira viagem sozinha foi um desafio para a aposentada. "Eu tive muita insegurança. Logo que cheguei ao Peru, tive que me virar. Não havia ninguém me esperando. Para driblar o medo, toda hora pensava: é um sonho e vou superar."

"Quando você está lá, as coisas vão acontecendo aos poucos e você vai superando. No fim, fiquei feliz, mesmo com meus medos e inseguranças", completa.

Ela passou dois dias em Lima, capital do Peru. Depois foi para Cusco, onde visitou sítios arqueológicos e museus. Por fim, embarcou no ônibus que a levou a Machu Picchu.

"Olhava tudo aquilo e pensava o quanto era maravilhoso estar ali. Era tudo o que eu mais queria", diz a aposentada.

Os registros fotográficos de Flora foram feitos pelos viajantes que conheceu durante o passeio. "Eles falavam que era incrível ver uma pessoa da minha idade viajando sozinha. Eu ficava realizada por isso. Mesmo sozinha, fui muito feliz."

Novos sonhos

Flora e Vera Lúcia planejam novos passeios, no Brasil e no exterior. Já Iracema continua sua viagem pelo mundo e sem previsão para voltar a morar no Brasil.

A psicóloga Daniela Zanini explica que as viagens trazem diversos benefícios aos idosos. "Representam estímulos diversos e diferentes dos habituais. Aumentam da rede social do idoso, além de melhorar a autoestima, a qualidade de vida e o bem-estar", afirma.

As viagens trouxeram uma nova visão sobre a vida para Flora. "A vida é curta. A gente vive em um redemoinho, com casa, comida, roupa e outros compromissos. Mas se tem vontade, vá atrás dos seus sonhos, vá viajar. Viver é simples e não é preciso muita coisa pra ser feliz."

Prestes a completar 70 anos, Vera Lúcia também incentiva outros idosos a viajar. "Idade não é impeditivo. Faço ioga, teclado e dança. Sou uma pessoa muito ativa. Tenho uma garra para viver e participar das coisas. Nunca é tarde para fazer qualquer coisa na vida. Tudo é uma questão de vontade", diz.

Entusiasta das viagens na terceira idade, Iracema acredita que sua vida melhorou após decidir pegar sua mala e a mochila para sair sem destino certo. "O mundo é muito maior do que o meu quintal. Não consigo ficar parada no sofá assistindo TV. Enquanto conseguir arrastar minha mala e mochila por aí, penso em seguir viajando."

Fonte: BBC
Iracema, Vera e Flora estão em uma faixa etária cada vez mais numerosa no Brasil. Em 1991, a população brasileira acima dos 60 anos contabilizava 10,7 milhões de pessoas. O número mais do que dobrou 25 anos depois. Conforme a Pesq... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2018/05/27/mochileiras-depois-dos-60-as-mulheres-que-na-terceira-idade-foram-conhecer-o-mundo.htm?cmpid=copiaecola
Iracema, Vera e Flora estão em uma faixa etária cada vez mais numerosa no Brasil. Em 1991, a população brasileira acima dos 60 anos contabilizava 10,7 milhões de pessoas. O número mais do que dobrou 25 anos depois. Conforme a Pesq... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2018/05/27/mochileiras-depois-dos-60-as-mulheres-que-na-terceira-idade-foram-conhecer-o-mundo.htm?cmpid=copiaecola

segunda-feira, 14 de maio de 2018

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Vacinação contra gripe começa na segunda-feira em todo o País

Campanha vai até o dia 1º de junho; neste ano, imunização protege contra os vírus H1N1; influenza B e H3N2

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde lança na próxima segunda-feira, 23, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até o dia 1º de junho, crianças entre 6 meses e 5 anos, maiores de 60, trabalhadores de saúde, professores, pessoas privadas de liberdade, com necessidades especiais, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 anos e indígenas poderão ir a um dos postos de saúde para receber o imunizante. Neste ano, a vacina protege contra o H1N1, influenza B e o H3N2, tipo de vírus que provocou um aumento significativo de casos e de mortes relacionadas à doença no Hemisfério Norte. Em Goiás, em virtude do aumento de casos de gripe, a campanha foi antecipada.    

Nova linhagem de vírus da gripe preocupa após causar mortes na América do Norte

"Apesar de o aumento de casos ter sido muito significativo no Hemisfério Norte, não temos até agora nenhuma indicação que o mesmo fenômeno vá se repetir no Brasil", afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues

Em 20 dias, mortes pelo vírus da gripe quase dobram em São Paulo
Neste ano, foram confirmados no País 392 casos de influenza, com 62 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 394 ocorrências, com 66 mortes. Além de o número de casos ser semelhante ao do ano passado, Carla observou que, para população do Hemisfério Sul, a vacina contra gripe já leva em sua composição o imunizante feito de variações de cepas identificadas na região. Por isso, completou, a necessidade de as pessoas aderirem à campanha.  

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou que a maior preocupação da campanha neste ano é garantir cobertura vacinal semelhante em todos os grupos considerados prioritários. Occhi observou que, embora a cobertura no ano passado tenha sido de 88%, em algumas populações ela esteve abaixo do que seria considerado ideal. Foi o caso, por exemplo, das crianças entre 6 meses e 5 anos. No ano passado, 77% das crianças nessa faixa etária foram imunizadas.

"Fazemos um apelo para que pais levem seus filhos aos postos de vacinação. Crianças abaixo de 5 anos estão mais suscetíveis a complicações provocadas pela gripe, podem desenvolver casos graves da doença", alertou Carla.

O ministério afirmou que não será feita a prorrogação da campanha. Depois do prazo, qualquer pessoa interessada poderá ser vacinada contra a gripe, com as doses remanescentes. Carla disse não haver a princípio nenhuma estratégia para fazer uma campanha coordenada de vacinação contra gripe e febre amarela. Ela observou, no entanto, que no caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, que fazem uma campanha de imunização contra a febre amarela, tal política poderá ser adotada.

"Mas isso irá ocorrer de acordo com a orientação dos governos locais e, sobretudo, de acordo com a capacidade dos profissionais de saúde."

Ela esclareceu, porém, não haver nenhuma contraindicação de se aplicar simultaneamente a vacina contra a febre amarela e a contra a gripe.

A expectativa do governo é imunizar 54 milhões de pessoas. O quantitativo adquirido  é superior a essa marca. Foram encomendados ao Instituto Butantã 60 milhões de doses. O ministro afirmou que a diferença é uma margem de segurança. "Caso haja desvio ou perda do imunizante." 

O Brasil é o País em que a oferta da vacina contra gripe é mais abrangente, disse Carla. "Em nenhum outro local do mundo tantos grupos têm acesso à vacina gratuita." Não há intenção do governo em ampliar esse grupo. A coordenadora explica que a população adulta e não atendida pela campanha de vacinação é indiretamente protegida. Isso porque quanto mais pessoas estão vacinadas, menor o risco de circulação do vírus. "E isso beneficia a todos. Incluindo os não vacinados."

Há dois critérios que determinam a escolha de grupos atendidos pela campanha de vacinação contra gripe. Em primeiro lugar, os mais vulneráveis. Pessoas que, se contaminadas, têm maior risco de contaminação, como idosos, crianças e gestantes. Em segundo lugar, estão integrantes de grupos mais expostos ao vírus, como profissionais de saúde, pessoas privadas de liberdade e professores.

 Fonte: Estadão

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Garotinho se veste de policial para entregar flores a idosos

Oliver Davis quer ser um policial quando crescer e gosta de fazer gentilezas.

Um garotinho nos Estados Unidos fez uma resolução de Ano Novo muito solidária: decidiu que visitaria mais casas de repouso em 2018. Diferentemente de muitas pessoas, Oliver Davis cumpriu a sua promessa.

Sempre fantasiado de policial, ele já visitou nove lares para idosos no Kansas, nos Estados Unidos, para entregar flores aos idosos. Ele contou que pretende ser um policial quando crescer e que gosta de ser gentil.

“Eu gosto de fazer as pessoas sorrirem”, disse à ABC News nesta segunda-feira, 16. “É uma das minhas coisas favoritas”.

“Ele se considera um policial de verdade, então discutimos a possibilidade de ele entregar flores em casas de repouso”, contou Davis, policial de Overland Park. Foi assim que, após fazer sua primeira entrega de flores, ele ganhou um distintivo honorário do departamento de polícia da cidade de Leawood.



Courtney O'Connor, diretor executivo de um dos lares que Oliver ajuda, falou que ele também entrega multas aos idosos por serem “muito fofos”: “Eles amam, ficam felizes a semana inteira. Ele é muito carinhoso, afetuoso e abraçou a todos”.

Fonte: Estadão