quarta-feira, 11 de abril de 2018

Discutindo a incontinência urinária e a infecção urinária




Hoje discutiremos dois assuntos importantíssimos, pouco discutidos entre as pessoas, porém superimportantes na saúde, qualidade de vida e autoestima dos idosos: a incontinência urinária e a infecção urinária. A incontinência e a infecção urinária são ocorrências comuns no processo de envelhecimento, sendo motivos de grande constrangimento na maioria das vezes.

Nesse contexto, inicialmente, é importante que se analise a razão para a ocorrência da perda involuntária de urina, pois muitas vezes, o problema é reversível e o tratamento é simples. Problemas motores, como dificuldade para caminhar, dores e rigidez de articulações, medo de cair, banheiro muito distante, são fatores que podem contribuir para perda de urina, que muitas vezes é confundida com incontinência urinária (perda involuntária de urina). É preciso sempre se atentar para os fatores citados, porque, se presentes, o problema pode significar uma falsa incontinência (pseudoincontinência), neste caso, reversível. Como solução, basta para isso, criar condições que facilitem o acesso ao banheiro, para que a pessoa chegue até lá com segurança.

Além disso, observe o intervalo de tempo entre uma micção e outra, pois a demora em ir ao banheiro também pode propiciar a incontinência e a infecção urinária. Há casos em que mesmo a pessoa sendo independente e autônoma deve fazer uso de fraldas geriátricas em determinado período, obedecendo-se os intervalos entre uma micção e outra. Assim como há casos de pessoas que por algum quadro de saúde necessitam de acompanhamento periódico ao banheiro. Neste último caso, estas pessoas precisam fazer uso de fraldas geriátricas ininterruptamente, trocadas a cada três horas, ou antes, se necessário, após higienização íntima.

Sugere-se também que, no dia a dia, observem-se os sinais de infecção urinária: como baixo volume urinário, mesmo com oferta adequada de líquidos; dificuldade para urinar (disúria); sensação de queimação à micção (ardor ao urinar); urina concentrada (escura) com odor fétido, mudanças súbitas de comportamento. E diante de qualquer um destes sinais ou sintomas, contatar um médico.

As orientações de cuidados com pacientes incontinentes são numerosas e, por esta razão, serão abordadas a seguir alguns procedimentos: 

1. Nas trocas de fraldas, sempre observe as condições da pele e mucosas. Verifique se há assaduras, presença de manchas brancas, avermelhadas, secreções, sangramento, etc. Se notar qualquer anormalidade, o médico deverá ser comunicado;

2. Troque peças íntimas com frequência para evitar que fiquem molhadas, não esqueça que a acidez da urina pode provocar pruridos (coceiras), assaduras e lesões na pele; 

3. Providencie para que, a cada troca, seja realizada uma higiene íntima completa, ou seja, deve-se lavar a região dos genitais com água e sabonete neutro. Não use talco na região de genitais, água e sabonete são suficientes. Após a higiene, seque bem a área sem esfregar a toalha, faça pressões suaves, utilizando-se de toalhas higiênicas macias. Lembrem-se, as infecções urinárias de repetição (especialmente em senhoras) têm sido comprovadamente causadas pela má higienização. E não se esqueçam de que o hábito de, após a micção ou evacuação,não utilizar o papel higiênico de trás para frente é de extrema importância, pois impede que haja uma contaminação fecal gerada pela ascensão uretral de bactérias presentes na flora intestinal; 

4. Os cuidados com a higiene íntima devem ser mais rigorosos em pessoas que usam fraldas diuturnamente (ao longo do dia). Após evacuação, a fralda deve ser retirada cuidadosamente da frente para trás removendo o excesso de fezes. Sequencialmente, lavar toda a região íntima (uretral, perineal e anal) usando água e sabonete neutro. Não usar lenços higiênicos, este material deve ser utilizado apenas quando o paciente incontinente está fora de sua casa e não pode ser higienizado com água e sabão; 

5. Pessoas que têm uma dieta adequada e saudável costumam ter seus hábitos intestinais regulares. Assim, é muito fácil controlar a evacuação, mesmo naqueles que apresentam incontinência fecal, basta para isso, observar seu horário habitual e conduzi-lo ao banheiro com antecedência; 

6. Em casos de pessoas que tem demência, a agitação, a irritação e a alteração de humor, muitas vezes significam que a fralda precisa ser trocada. Permanecer com a fralda molhada ou com fezes não é confortável para ninguém e, a pessoa com demência, apesar de muitas vezes não conseguir se comunicar verbalmente, pode demonstrar o desconforto que está sentindo por meio de alterações de comportamento. Dessa forma, é comum ver pacientes rasgando e arrancando a fralda que os está incomodando.

Por fim, caros leitores, esperamos que estas abordagens, apesar de simples e sucintas, sejam úteis e possam ajudar aos que necessitarem. Em caso de dúvidas, aconselhamos a procura por atendimento médico, pois assim serão realizados exames físicos e laboratoriais para a identificação e tratamento da incontinência e infecção urinária. 

Texto por: Thais Bento Lima da Silva, Tiago Ordonez e Evany Bettine de Almeida (Diretores da Associação Brasileira de Gerontologia).

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